Olimpíadas, dia 15: Brasil celebra ouros no futebol, canoagem e boxe

O Brasil conseguiu um feito esportivo histórico neste sábado (7). O país alcançou sua melhor campanha em Olimpíadas desde 1896, com as três medalhas de ouro obtidas no penúltimo dia dos Jogos de Tóquio.

A jornada começou dourada com Isaquias Queiroz, campeão no C1 1.000m na canoagem. Horas depois, Hebert Conceição deu show no boxe, ao faturar sua medalha de ouro com um belo nocaute no ucraniano Oleksandr Khyzhniak. No fim da manhã, foi a vez da seleção brasileira masculina de futebol sagrar-se bicampeã olímpica, ao bater a Espanha na final por 2 a 1.

Desta forma, mesmo que perca neste domingo as finais do boxe com Bia Ferreira e no vôlei feminino, o Brasil terá 21 medalhas, com sete ouros, seis pratas e oito bronzes, o que supera a campanha da Rio-2016, com 19 láureas no total e dois bronzes a menos. Mas pode vir mais por aí, no último dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Confira o que de melhor aconteceu neste sábado.

Futebol: Brasil conquista bicampeonato olímpico

O Brasil sagrou-se neste sábado bicampeão olímpico no futebol masculino. Após ganhar a medalha de ouro na Rio-2016, a seleção repetiu o feito e subiu no lugar mais alto do pódio em Tóquio.

A equipe treinada por André Jardine venceu a Espanha por 2 a 1 apenas na prorrogação, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Na primeira etapa, o Brasil poderia ter aberto o placar com Richarlison, mas o camisa 10 perdeu um pênalti, ao chutar para fora. Porém, pouco depois, Matheus Cunha fez 1 a 0, com uma conclusão rasteira de dentro da área, após vacilo da defesa adversária.

A Espanha igualou o marcador no segundo tempo, com Oyarzabal, que completou de primeira, no alto, após cruzamento na segunda trave.

No tempo extra, o gol do ouro saiu com Malcom. O atacante, que entrou no decorrer do jogo, recebeu lançamento na esquerda, tirou um zagueiro na velocidade e concluiu na saída do goleiro.

Canoagem: Isaquias e um ouro esperado

Isaquias Queiroz confirmou seu favoritismo no C1 1.000m e conquistou a medalha de ouro neste sábado. O baiano completou a prova em 4min04s408, com espaço para até reduzir o ritmo nos metros finais. A medalha de prata ficou com o chinês Hao Liu (4min05s724), e o bronze coube ao moldavo Serghei Tarnovschi (4min06s069).

Foi o primeiro ouro, mas a quarta medalha olímpica de Isaquias, que conquistou duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) nos Jogos Rio-2016. Ele se iguala na contagem ao líbero Serginho (dois ouros e duas pratas) e ao nadador Gustavo Borges (duas pratas e dois bronzes).

Apenas Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco medalhas cada, estão à frente do trio. Isaquias, no entanto, tem 27 anos e deve ser um nome igualmente forte nos Jogos de Paris, em 2024. Ele deve ter a chance de igualar e até se tornar o maior medalhista da história olímpica do Brasil.

Boxe: Hebert é ouro com nocaute incrível

Na final dos pesos médios, Hebert Conceição perdeu por unanimidade os dois primeiros rounds para o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, atual campeão europeu e cabeça de chave 1 do torneio olímpico. No terceiro assalto, porém, o baiano de 23 anos encaixou um cruzado de esquerda que mandou o oponente à lona e decretou o fim do combate. Foi assim, por nocaute, que o Brasil conquistou sua sexta medalha de ouro nos Jogos de Tóquio-2020.

O ouro de Hebert é a segunda medalha do boxe brasileiro nos Jogos do Japão, mas a primeira de ouro. O peso pesado Abner Teixeira conquistou o bronze nesta sexta-feira. Ainda falta, porém, a decisão do ouro no peso leve feminino. Bia Ferreira é favorita contra a irlandesa Kellie Anne Harrington. O combate está marcado para este domingo (8), às 2h (de Brasília).

Vôlei: Brasil perde bronze, e França leva ouro

A seleção argentina de vôlei conquistou o bronze após vitória sobre o Brasil no tie-break, com parciais de 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13, neste sábado, na disputa do terceiro lugar, na Arena Ariake.

É o segundo bronze da história da seleção argentina, que conseguiu o terceiro lugar nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, diante do mesmo Brasil. Para o time do técnico Renan Dal Zotto, o revés deste sábado significou a primeira vez no século que a seleção masculina volta de uma Olimpíada sem uma medalha.

Na final, disputada horas depois entre França e Rússia, o título ficou com os franceses pela primeira vez na história. A equipe comandada pelo jogador Earvin Ngapeth venceu por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 25/27, 21/25, 21/25 e 15/12.

Basquete: Estados Unidos são tetracampeões

Os Estados Unidos mantiveram sua hegemonia no basquete masculino mundial e conquistaram neste sábado a quarta medalha de ouro seguida nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, a equipe comandada pelo astro Kevin Durant derrotou a França na final, pelo placar de 87 a 82.

Já na disputa do bronze, a Austrália venceu a Eslovênia, de Luka Doncic, por 107 a 93.

Saltos ornamentais: Kawan termina em 10º

Kawan Pereira ficou em 10º lugar entre os 12 finalistas na plataforma de 10 metros. O brasileiro de apenas 19 anos terminou a série de saltos com 393,85 pontos. É o melhor resultado da história do país na prova.

No pódio, deu dobradinha chinesa: Yuan Cao conquistou o ouro (582,35 pontos) e Jian Yang faturou a prata (580,40). O bronze ficou com o britânico Tom Daley (548,25).

Ginástica rítmica: Brasil em 12º

O Brasil entrou em ação na Ariake Arena, nas eliminatórias da ginástica rítmica, mas não conseguiu uma vaga na final. As brasileiras terminaram na 12ª posição após duas rotações, e apenas as oito primeiras equipes avançaram à disputa por medalhas.

As primeiras posições ficaram com Bulgária (91,800), Rússia (89,050), Itália (87,150), Israel (84,650) e China (83,600). As outras classificadas são Ucrânia, Japão e Belarus. A final da ginástica rítmica acontece neste sábado, às 23h.

Maratona: Quênia leva ouro e prata

O Quênia conquistou a dobradinha na maratona feminina, neste sábado, em Tóquio. Peres Jepchirchir ficou com o ouro ao completar o percurso em 2h27min20s. A também queniana Brigid Kosgei levou a prata e cruzou a linha de chegada 16 segundos após sua compatriota, em 2h27min36s.

O bronze ficou com Molly Seidel, dos Estados Unidos, que fechou a maratona em 2h27min46s. O Brasil não teve representantes na disputa.