Brasileiro deixa Paralimpíadas após cair no doping e alega uso terapêutico
Assim como já havia acontecido na Olimpíada, também nas Paralimpíadas o Brasil perdeu um atleta que já estava em Tóquio e precisou voltar ao país depois de ser suspenso por doping. Se há pouco mais de um mês foi Fernando Saraiva, do levantamento de peso, agora é Welder Knaf, da classe 3 do tênis de mesa paralímpico.
Knaf, de 40 anos, foi suspenso provisoriamente por um exame surpresa colhido em 23 de fevereiro, quando ele testou positivo para diversas substâncias proibidas pelo código mundial antidoping, todas agentes anabolizantes. De acordo com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), ele já embarcou num voo de volta para o Brasil. Sem ele, a delegação brasileira na Paralimpíada tem 259 atletas.
O jogador não nega que tenha feito uso dessas substâncias, mas alega que o fez por recomendação médica. "Há um tempo estou tendo acompanhamento nutricional para me recuperar de algumas deficiências de nutrientes e vitaminas. Embora essa notícia tenha sido devastadora para mim e para toda a equipe, eu estou com a consciência tranquila de que jamais fiz uso de qualquer coisa para obter vantagem no esporte", ele afirmou.
"Procurei imediatamente minha médica e ainda na sexta-feira (20) e ela protocolou o pedido de autorização de uso terapêutico, incluindo todo meu histórico médico, meus exames, bem como o respaldo técnico justificando o tratamento. Posso garantir que não fiz absolutamente nada de errado e os que convivem comigo são testemunhas disso. Treino e participo das competições há quase 20 anos e não seria agora que mudaria a minha conduta", continuou.
O código antidoping permite o consumo de substâncias listadas como proibidas, mas como exceção, a partir da apresentação e da aprovação junto ao órgão competente — neste caso, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem —, de uma Autorização de Uso Terapêutico (AUT), o que o jogador só fez agora, depois do resultado positivo. Knaf foi quarto colocado com a equipe brasileira na Rio-2016 e vai regularmente ao pódio em Jogos Parapan-Americanos desde 2007.
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