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Paralimpíadas têm 3 esportes sem transmissão e Brasil não vê prata inédita

Jovane Guissone está nas semifinais da espada na categoria B - Takuma Matsushita/CPB
Jovane Guissone está nas semifinais da espada na categoria B Imagem: Takuma Matsushita/CPB

Demétrio Vecchioli

Do UOL, em São Paulo

26/08/2021 11h26

Jovane Guissone conquistou nesta quinta-feira (26) a primeira medalha de prata da esgrima de cadeira de rodas do Brasil em Jogos Paralímpicos, depois de um ouro em Londres, mas ninguém pôde assistir ao feito. É a que a modalidade é uma das três que não têm geração de imagens por parte dos organizadores do evento que está acontecendo em Tóquio, no Japão.

Os direitos de transmissão dos Jogos Paralímpicos, assim como os contratos de patrocínio, são negociados pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) de forma independente ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Ainda que as equipes de transmissão sejam basicamente as mesmas, utilizando as mesmas estruturas, os custos da geração de imagem são por conta do movimento paralímpico, que não tem receitas no mesmo nível do olímpico.

O evento é transmitido via televisão para poucos países, principalmente por canais estatais. Poucos são os casos de exibição em canais privados. No Brasil, as Paralimpíadas são exibidas na Globo e na TV Brasil. Assim, boa parte da cobertura é feita por transmissões ao vivo no canal das Paralimpíadas no Youtube, então são disponibilizados todos os sinais gerados.

Em três modalidades, porém, não há geração de sinal, nem para a internet. São elas a esgrima em cadeira de rodas, o halterofilismo e o taekwondo. O IPC promete, porém, disponibilizar diariamente um resumo do que aconteceu nessas modalidades. Enquanto o vídeo não fica pronto, as imagens do confronto em que Jovane ganhou a medalha de prata só foram vistas pelas poucas pessoas presentes à arena. As Paralimpíadas acontecem sem público em Tóquio.

Mesmo eventos com geração de sinal, porém, têm tido pouca visibilidade, ao menos no Youtube. Nem 500 pessoas estavam assistindo online à exibição de Sanne Voets, da Holanda, quando ela ultrapassou o brasileiro Rodolpho Riskalla para ganhar o ouro no adestramento — ele ficou com a prata. Por volta das 8h do Brasil, 20h em Tóquio, só a transmissão da natação tinha mais de mil pessoas online.