Brasil tem duas eliminadas e fica sem pódio em prova sem bronze
Parecia óbvio: se havia duas brasileiras entre quatro atletas disputando a final paralímpica dos 100m T11, para atletas com deficiências visuais, então no mínimo um bronze estava na conta. Mas faltou combinar com o destino. Favorita ao ouro, Jerusa Geber saiu da prova já nos primeiros metros, porque a cordinha que a liga ao seu guia Gabriel Garcia se rompeu. Thalita Simplício terminou em terceiro, mas acabou eliminada pelo mesmo motivo, de forma também traumática.
Com isso, o pódio da prova não terá nenhuma atleta recebendo a medalha de bronze. O ouro ficou com a venezuelana Linda Perez, com o tempo de 12s05 e prata ficou com Cuiqing Liu, da China, com o tempo de 12s15. E o bronze ficou vago. As duas brasileiras oficialmente estão desclassificadas.
Detentora do recorde mundial conquistado em 2019, com o tempo de 11s85, Jerusa é a primeira atleta cega a conseguir correr abaixo dos 12 segundos e chegou a Tóquio como o nome a ser batido na prova. Mas um descompasso na corrida com o guia, o que faz com que um braço vá para frente e outro para trás, fez com que o elástico se rompesse. Sem contato com o guia, ela é automaticamente eliminada.
Ao notar o que havia ocorrido, Jerusa se desesperou e caiu no choro no meio da pista, gritando de uma dor emocional, em uma das cenas mais tristes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio até aqui.
Para o Brasil, havia ao menos o consolo do bronze de Thalita. Mas a atleta, que foi ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Dubai, em 2019, também acabou eliminada. Assistindo o replay em câmera lenta é possível perceber que a cordinha que ligava Thalita ao guia se soltou no último passo antes dele da linha de chegada. Ela, que ultrapassou a linha antes dele, estava segurando a cordinha, mas quando ele cruzou o laço entre os dois já estava rompido.
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