Atletismo leva a Paris atletas vetados por falta de exame antidoping
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) decidiu levar à França os três atletas brasileiros que ela luta para inscrever nos Jogos Olímpicos de Paris. Lívia Avancini, Max Batista e Hygor Gabriel vão esperar no país sede da competição a decisão sobre poderem competir.
Eles foram vetados pela World Athletics por não terem sido submetido a três testes antidoping surpresa nos 10 meses que antecedem o fim do período de classificação. Ou seja, de setembro até o começo de julho. Esse critério de elegibilidade foi aplicado a poucos países, entre eles o Brasil, por não ter feitos testes antidoping surpresa o suficiente nos últimos anos, no entender da World Athletics.
A CBAt entende que esse critério, anunciado só em março, já durante a corrida olímpica, é ilegal e prejudica atletas que não têm responsabilidade por serem testados. Lívia, por exemplo, estava no grupo alvo de testes desde então, informava diariamente à Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) onde estaria, mas nunca foi buscada para ser testada.
A confederação tem fornecido poucas informações sobre o caso. Na live em que a convocação foi anunciada, o presidente Wlamir Motta Campos citou que a CBAt entraria com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) e depois não se falou mais publicamente no tema.
Esta semana ficou definido que os três serão levados a Paris pela CBAt, na próxima segunda-feira, o que foi confirmado ao Olhar Olímpico somente pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que não é parte do processo. Por enquanto, eles não são considerados parte da delegação.
"A CBAt tomou a iniciativa de trazer os três atletas classificados para os Jogos Olímpicos Paris 2024 para a França, à espera do julgamento do recurso pela Corte Arbitral do Esporte. O COB está ciente e acompanha a situação. Caso o pedido da CBAt seja deferido pelo CAS, o COB disponibilizará a esses atletas a mesma estrutura de toda a delegação", disse o COB em nota.
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