Biles limita redes e afasta traumas em retorno às Olimpíadas: 'Mais madura'

Limitar as redes sociais e coisas assim será importante. O Instagram é bom, é uma boa maneira de se conectar, de compartilhar o que estamos passando. E o TikTok, tentei fazer um pouco mais de TikToks, não sou o melhor nisso. Estou aprendendo. Simone Biles, à NBC

A decisão ocorre após ela ter sido alvo de fortes críticas por sua desistência de provas nos últimos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, ela sofreu com os chamados twisties, uma desconexão momentânea entre corpo e mente durante saltos, e abandonou disputas para focar na sua saúde mental.

Biles relatou que procurou ajuda na terapia para se reerguer. Ela também lembrou como se sentia e era afetada pela opinião alheia na época: "Assim que eu pousei [do salto], eu fiquei tipo, 'Oh, a América me odeia. O mundo vai me odiar. E eu só posso ver o que eles estão dizendo no Twitter agora'. Esse foi o meu primeiro pensamento".

Agora, a ginasta de 27 anos se diz mais madura e conta que "empurrou" os traumas para o novo ciclo olímpico. Ela diz que não precisa provar nada a ninguém e que quer se divertir em sua terceira participação nos Jogos. Sua volta, inclusive, inspirou a série 'O Retorno de Simone Biles', da Netflix.

Terapia [ajudou]. Acho que antes eu estava meio que empurrando meu trauma, e agora aprendi a falar sobre isso e liberar. Acho que costumávamos pensar na terapia como uma fraqueza, e agora penso nela como uma força.

Eu diria que a única coisa que tenho que provar é para mim mesma que posso chegar lá e fazer isso de novo. Eu sou um pouco mais velha, mais madura, então só sendo eu sem remorso.

Principal nome da modalidade, Biles rivalizará com Rebeca Andrade pelo ouro na ginástica. No ano passado, em uma espécie de "prévia" das Olimpíadas, a brasileira superou a norte-americana e se sagrou bicampeã mundial do salto.

O que mais Biles disse

Diversão na ginástica: "Enquanto eu estivesse me divertindo e fazendo o que amo, então isso é tudo o que você pode fazer, porque eu não quero olhar para trás daqui a 50 anos e ficar tipo: 'Uau, ela era boa, mas ela era tão miserável'. E eu acho que algumas vezes eu poderia ter pensado isso, mas agora eu fico: 'Uau, olhe para ela ir. Ela está se divertindo muito. Ela está amando o que está fazendo, com quem está fazendo". Então, realmente, só abraçando esse momento".

Papo com treinadores: "Eu estava tipo: 'Quero ir para a Olimpíada novamente'. E eles: 'Volte para a academia. Recupere suas habilidades. Vamos ver se você realmente quer fazer isso para que todos nós estejamos decidindo coletivamente que realmente vamos em frente'."