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FGV: Rio 2016 está entre Jogos mais eficientes no uso de dinheiro público

VLT no Rio de Janeiro em frente a mural de Eduardo Kobra no Porto Maravilha, em 2016 Imagem: Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/07/2024 13h46

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, nesta terça-feira (23), o resultado do estudo "Legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016: Impactos Econômicos" e afirmou que a prefeitura da cidade entregou uma das edições dos Jogos "mais eficientes da história em termos do uso racional do dinheiro público."

Os números citados no documento são um tanto generosos com os Jogos e sua realização porque abrangem desde a construção de instalações e toda a infraestrutura necessária para a realização da Rio 2016, mas não aborda apenas as áreas de competição.

São levados em conta projetos focados em saneamento, mobilidade, preservação ambiental, cultura, arte e educação, entre outras áreas.

O documento lista números expressivos como R$ 99 bilhões de impacto sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) no município do Rio de Janeiro, ou seja, a quantia referente à soma de toda oferta da produção, incluindo bens e serviços intermediários e finais.

Além disso, foram R$ 51,2 bilhões de impacto sobre o PIB; R$ 5,3 bilhões em arrecadação de impostos; R$ 36,2 bilhões de impacto sobre a renda das famílias; e mais de 465,4 mil empregos gerados pelos projetos viabilizados pelo contexto dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Levando em conta todo o estado do Rio de Janeiro, o impacto econômico total foi de R$ 134,7 bilhões em Valor Bruto da Produção; R$ 69,6 bilhões sobre o PIB; R$ 7,25 bilhões em impostos; R$ 49,2 bilhões sobre a renda das famílias; e mais de 633,2 mil empregos gerados.

Em uma conclusão amplamente favorável aos Jogos e seu impacto sobre a sociedade, o estudo opina que a Rio 2016 e os projetos relacionados aos Jogos geraram "uma série de benefícios socioeconômicos para a população, tanto por meio do fornecimento dos serviços públicos quanto pela criação de novos empregos, bem como a elevação da renda das famílias. Tudo isso se traduziu em um aumento do potencial de consumo e bem-estar dos cariocas."

O documento conclui que "passados oito anos do evento, pode-se afirmar que a prefeitura do Rio entregou um dos Jogos Olímpicos mais eficientes da história em termos do uso racional do dinheiro público."

Vale destacar que a medição do impacto dos Jogos vai além do seu período de realização, em 2016, por inclui a prestação de bens e serviços à população. No caso de um estádio, por exemplo, leva-se em conta desde a compra de materiais de construção, o fornecimento de energia elétrica, serviços de frete e pagamento de salários até as movimentações econômicas relacionadas aos eventos realizados ali, como compra de ingressos, equipamentos esportivos, alimentos e bebidas até o dia de hoje.

O estudo levou em consideração projetos concluídos até 2016 e outros que foram ampliados e/ou retomados depois das Olimpíadas. Entre eles estão a primeira fase das obras do Porto Maravilha, a criação do Boulevard Olímpico e a construção do Museu de Arte do Rio e do Museu do Amanhã, além do reaproveitamento de instalações olímpicas, como a Arena do Futuro, que foi convertida em quatro escolas; e a transformação da Via Olímpica no Parque Rita Lee.

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