Letícia Bufoni apoia Rayssa Leal em polêmica: 'Mexeu com ela, mexeu comigo'
A skatista Letícia Bufoni saiu em defesa de Rayssa Leal no caso envolvendo quem acompanhará a atleta de 16 anos na Vila Olímpica durante os Jogos de Paris.
O que aconteceu
Letícia fez duas publicações em sua conta no X (antigo Twitter). Na primeira delas, a skatista repostou uma publicação de uma seguidora que pediu para que ela "colocasse outros atletas em seus lugares". Na sua postagem, a seguidora havia repostado a informação de que alguns skatistas ficaram incomodados com Rayssa já que ela havia ficado com duas das três credenciais de treinadores pessoais e agora conseguiu mais uma para Tatiana Lobo, funcionária do COB que vai acompanhá-la na Vila Olímpica durante as Olimpíadas.
"Tô me segurando", escreveu Letícia Bufoni. Em outra postagem, a skatista afirmou que vai embarcar para Paris nesta quarta-feira (24) e reforçou a relação de "mãe e filha" que tem com Rayssa.
Calma que a mami embarca pra Paris amanhã pra colocar ordem no barraco. Ninguém mexe com a minha filha? mexeu com ela, mexeu comigo! Letícia Bufoni, no X
Calma que a mami embarca pra Paris amanhã pra colocar ordem no barraco
-- Leticia Bufoni (@LeticiaBufoni) July 23, 2024
Ninguém mexe com a minha filha? mexeu com ela mexeu comigo!
Polêmica com acompanhante de Rayssa
O COB informou nesta terça-feira (23) que Rayssa Leal será acompanhada por uma colaboradora da entidade. O comunicado detalha que a solicitação foi feita pessoalmente pela atleta após ela ter chegado na Vila, no último final de semana.
Inicialmente credenciada como funcionária administrativa, Tatiana Lobo é sua acompanhante no quarto. Essa possibilidade havia sido antecipada pela coluna Olhar Olímpico na semana passada.
Rayssa tem 16 anos e não possui mais direito a ter uma credencial de chaperone — ou seja, de acompanhante. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, ela recebeu permissão do COI (Comitê Olímpico Internacional) para dormir junto da mãe, Lilian Mendes, por ter 13 anos.
Antes de Rayssa embarcar para Paris, o estafe da atleta vinha cobrando para que a mãe dela fosse liberada para acompanhá-la novamente na Vila Olímpica. A skatista já havia credenciado seu irmão, que é seu treinador, e um fisioterapeuta particular.
Não foi liberada uma exceção, mas Rayssa conseguiu a autorização para ter uma acompanhante da delegação. Para Rayssa e Tatiana dormirem no mesmo dormitório, houve um remanejamento de quartos na Vila Olímpica.
Idas e vindas da decisão
Antes braço direito de Bob Burnquist, Tatiana Lobo foi diretora da CBSk por anos, mas demitida da confederação no ano passado, quando entrou em rota de colisão com Duda Musa, atual presidente.
Quando o COB assumiu a gestão do skate no Brasil, contratou Tatiana para ser a líder do projeto. Depois, com o skate voltando às mãos da CBSk, Tatiana seguiu no COB, o que irritou Duda.
Há poucas semanas, COB e CBSk apararam as arestas e, entre outras coisas, o COB se comprometeu que Tatiana não teria contato com os atletas. Daí a credencial administrativa.
Até que voltou a reclamação do estafe de Rayssa Leal de que ela queria dormir acompanhada na Vila. Como credenciar a mãe dela era algo que o COB não aceitava de forma alguma, a solução foi acionar Tatiana.
Para evitar o contato dela com o restante da delegação, Rayssa deixou o quarto com Pamela Rosa e Gabi Mazetto. Agora as duas triatletas da delegação é que dormem no apartamento delas.
Rayssa já havia conseguido exceção para credenciar duas pessoas com credenciais P, de treinador pessoal: o irmão, Felipe Gustavo, e um fisioterapeuta particular. Com Tatiana agora dentro da vila, são três credenciais para ela.
De todos os demais skatistas do time Olímpico, só Raicca Ventura, também de 16 anos, conseguiu indicar uma pessoa para acompanha-lá nos treinos (o próprio pai e treinador). Os demais tiveram suas indicações vetadas, incluindo Kelvin Hoefler, prata em Tóquio assim como Rayssa.
A nota do COB
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) informa que a medalhista olímpica no skate street Rayssa Leal solicitou pessoalmente, ao chegar à Vila Olímpica de Paris 2024, que uma colaboradora do COB que atua nas operações da delegação ficasse responsável por acompanhá-la durante a sua permanência na Vila.
Por ser maior de 16 anos, diferentemente dos Jogos Tóquio 2020, onde foi acompanhada pela mãe, Rayssa não tem permissão do Comitê Olímpico Internacional (COI) a ter uma credencial de chaperone (acompanhante).
O pedido foi aceito pela Chefia da Missão.
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