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Muçulmana é proibida de usar lenço na abertura olímpica, mas há alternativa

Torre Eiffel, em Paris, com símbolo das Olimpíadas Imagem: Abdul Saboor/Reuters

Colaboração do UOL, em São Paulo

24/07/2024 15h25

Após correr no Campeonato Europeu de Atletismo com um boné em junho deste ano, a mulçumana francesa Sounkamba Sylla foi novamente proibida de utilizar o lenço no cabelo. Desta vez, porém, para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O que aconteceu

A atleta francesa foi proibida de utilizar o lenço típico durante a abertura das Olimpíadas deste ano. No Campeonato Europeu, Sylla foi autorizada a correr com um boné no lugar do véu que normalmente utilizava.

Segundo apuração do jornal francês Le Parisien, a velocista poderá participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas novamente de boné. O item seria equipado com um lenço para que a atleta pudesse esconder todo o cabelo, e as conversas para tal atualização estão bem encaminhadas, segundo o portal.

A ministra dos esportes Amélie Oudéa-Castéra deixou claro que não quer privar a atleta, mas há regras a serem seguidas, confirma ainda o Le Parisien. "Nosso desejo é que Sounkamba Sylla possa participar desta cerimônia. Ela entende nossos princípios, nossas regras e sabe que nada é contra ela", confirmou a ministra.

Na França, há o princípio de "secularismo e neutralidade". O Comitê Olímpico Internacional (COI) deixa para que os ministérios decidam se será ou não permitido o uso de objetos com vínculos religiosos, políticos e raciais pelos atletas. Por escolha do governo francês, na abertura deve-se existir neutralidade.

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