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Brasil passa bem pelo treino de pódio, mas Rebeca não faz novo salto

Rebeca Andrade se apresenta na trave em Paris Imagem: Gaspar Nóbrega /COB

Do Olhar Olímpico, em Paris

25/07/2024 17h51

A seleção feminina de ginástica artística do Brasil deixou ótima impressão no treino de pódio dos Jogos Olímpicos de Paris. Essa é a primeira e única oportunidade de testar não só os aparelhos, mas também se adaptar ao ginásio em que acontecerão as competições.

Ainda não foi desta vez, porém, que Rebeca Andrade fez pela primeira vez publicamente o Yurchenko triplo twist (YTT), salto que ela pediu à Federação Internacional de Ginástica (FIG) para homologar. O elemento passará a se chamar "Andrade" se ela executá-la em uma competição internacional, e a primeira chance é em Paris.

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Há a expectativa de que Rebeca faça esse salto em uma provável final do salto para tentar bater Simone Biles, que pela manhã cravou o seu Biles II, que tem nota de dificuldade mais alta. O salto da norte-americana vale 6,4 e a FIG anunciou que um eventual Andrade valeria 6,0 como nota de partida.

Só que esta era a única oportunidade de Rebeca treiná-lo no local da competição. Ela ainda deve voltar à Bercy Arena outras várias vezes, mas sempre para competir: domingo na fase de classificação, terça na final por equipes, quinta na final do individual geral, e depois nas finais por aparelhos.

Nas eliminatórias, na final por equipes e na final do individual geral, cada atleta faz um salto só, e a tendência é sempre de um salto de segurança. Rebeca tem na manga um Cheng e um Amanar, que foram os dois saltos que ela treinou nesta noite.

De forma geral, a passagem do Brasil pelo treino de pódio foi ótima. Nenhuma queda na trave, o que é sempre um risco, e boas séries nas assimétricas e no solo, único aparelho em que Rebeca vacilou — em duas diagonais, pisou fora da área de competição.

Em compensação, Rebeca fez uma saída de Tsukahara grupado na trave, uma novidade na sua série, que deve aumentar bem sua pontuação. A brasileira, vale lembrar, foi bronze no último Mundial, nesse que em tese é o pior aparelho dela. Nas assimétricas, seu aparelho preferido, também dificultou a saída. No solo, adicionou uma ligação entre dois elementos.

Com séries mais difíceis, que devem ser exibidas de novo no domingo, Rebeca passa a ter uma nota de partida total mais alta para tentar concorrer com Simone Biles no individual geral. Além disso, o Brasil, em tese concorre a uma medalha por equipes. E qualquer pontuação extra, dela, de Flávia Soares, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira, pode ser decisiva.

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