Número 1 no arco, Marcus diz que teve desempenho igual a dia ruim no treino

Ocupando o topo do ranking mundial, Marcus D'Almeida afirmou que teve um desempenho de "dia ruim de treino", mas minimizou sua colocação no ranqueamento do tiro com arco masculino. Favorito a medalha, o arqueiro brasileiro ficou em 17º entre 64 atletas nas Olimpíadas de Paris.

Às vezes um vacilo te tira lá do topo, como aconteceu algumas vezes comigo. Mas no meu caso eu sempre estive bem próximo do centro. Eu fiz pouco 10 hoje, essa é a verdade. E a gente estava onde a Olimpíadas, tirou fora [das primeiras posições]. Mas eu atirei no meu porto seguro, um dia ruim no treino eu atiro isso. Então eu não fui nada longe, não estou preocupado com isso. Marcus D'Almeida

Em sua terceira Olimpíadas, o atleta de 26 anos afirmou que não escolhe adversário e exaltou a conquista brasileira, que classificou pela primeira vez à fase final das duplas mistas. Somando sua pontuação com a da estreante Ana Luiza Caetano, de 21 anos, o Brasil ficou em décimo na tabela dos países e confirmou a vaga.

[Meu desempenho] me tirou lá de cima da tabela do classificatório, mas o que tinha que ser feito hoje aqui foi feito, que era classificar o misto, que na última edição a gente não conseguiu. E é isso, não estou aqui para escolher adversário.

Marcus D'Almeida no ranqueamento do tiro com arco masculino nos Jogos Olímpicos de Paris
Marcus D'Almeida no ranqueamento do tiro com arco masculino nos Jogos Olímpicos de Paris Imagem: Miriam Jeske/COB

Embora não não tenha se destacado na primeira atividade em Paris, Marcus manteve uma regularidade durante todo o classificatório, com apenas três de suas 72 flechas acertando abaixo dos nove pontos — e as três cravaram no oito. Além disso, teve duas rodadas quase perfeitas, fazendo 59 de 60 possíveis pontos. Em ambas as oportunidades, só não acertou o dez no sexto disparo.

Ele acertou o X, o centro do alvo, sete vezes e fez dez pontos em 28 de seus disparos. Registrou, inclusive, o seu melhor desempenho em um ranqueamento olímpico. Ele fez 658 pontos no qualificatório na Rio-2016 e 651 em Tóquio-2020. Ficou em nono na última edição dos Jogos, depois de ter estreado nas Olimpíadas em 33º, há oito anos.

Seu adversário na primeira eliminatória será o ucraniano Mykailo Usach, número 110 do ranking, que ficou em 48º no ranqueamento, em 30 de julho. No entanto, a posição de Marcus fez ele entrar no caminho do outro favorito e pode enfrentar Woojin Kim nas oitavas. Os duelos de oitavas, quartas, semi e final serão realizados em 4 de agosto. Até lá, segundo ele, é manter a cabeça no lugar e treinar ainda mais.

Marcus foi acompanhado na sessão por uma placa com o número um, indicando seu lugar no ranking. Marcus se disse honrado pela conquista e tirou uma foto para registrar o momento, mas pregou pés no chão e brincou sobre a "pressão" que seu posto possa implicar nos adversários.

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"É uma honra ser o número 1 do mundo, mas é a história do passado. Todo ranking mundial é sobre o passado de qualquer modalidade. E, se tem atleta que deixa entrar isso na cabeça, bom pra mim, né? Eu acho que isso é uma foto histórica, né? Hoje a gente tem ali, atrás de um brasileiro, a placa de número 1 do mundo, que ninguém poderia ousar falar isso um ano atrás, não precisa nem falar de tão longe. Então, por isso que eu tirei essa foto. Eu quero levar essa foto para o meu clube, para a confederação. Porque é uma honra ser isso, né?", completou.

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