Brasileiros não conseguem ver cerimônia 'aberta' sem ingressos: 'Decepção'

Os organizadores do Jogos Olímpicos de Paris prometeram uma abertura acessível, com possibilidade de assistir aos desfiles, que acontecerão no Rio Sena e de barco, sem a necessidade de ingresso. Mas não é isso que está acontecendo. Ruas bloqueadas e desencontro de informação frustra brasileiros que tentam viver a experiência.

Fernanda e sua família vieram de Fortaleza para acompanhar os Jogos Olímpicos. Como decidiram fazer a viagem de última hora, não se preocuparam com o ingresso para a abertura.

"A propaganda que rolou é que a cerimônia seria aberta ao público. Mas não é isso que estamos vendo. O entorno do Rio Sena está todo isolado e quando pessoas ou grupos se aproximam, a polícia retira", conta. Uma de suas filhas não disfarçou a frustração; "Caos", disse a pequena.

"Estamos acompanhando há dois anos e não tinha informação nenhuma como isso seria. Está sendo desgastante", diz o curitibano Gabriel Moreira, que mora em Portugal. Ele foi até o ponto inicial do desfile das delegações, achando que conseguiria ter vista para o rio.

Moreira está acompanhado de Cláudio Tkac, também de Curitiba. "O Rio de Janeiro foi maravilhoso perto do que estamos vendo", destaca ele. Apesar do cadastro feito no site da prefeitura de Paris, eles não receberam o QR code que daria acesso às pontes que têm vista para a abertura sem ingressos.

Saulo Mendonça, brasileiro de São Paulo, tem ingresso. Mas ficou mais de uma hora tentando encontrar o acesso por falta de informação. "Tem muita tensão no ar. Dá uma assustada. Está faltando informação, não sei para onde eu vou", disse.

A reportagem do UOL flagrou um casal de ciclistas britânicos que foram impedidos de seguir caminho até o hotel, pois o estabelecimento estava em uma área de bloqueio da polícia.

E comprar ingresso de última hora está bem salgado: Murilo, brasileiro que mora em Dublin, diz que o preço foi de 200 para 600 euros em menos de 24 horas. "Vamos procurar um telão", disse para a reportagem.

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