Medina explica retomada de parceria com padrasto: 'senti no coração'

Gabriel Medina contará com um velho conhecido na busca pela medalha inédita nas Olimpíadas de Paris: o padrasto Charles Saldanha. O surfista explicou que "sentiu no coração" que era momento de retomar a parceria e que "é muito especial" contar com o padastro.

Eu resolvi chamar o Charlão, que é o meu padrasto. A gente já viajou bastante, conquistamos bastante coisa juntos. Eu senti no coração e fico feliz de ter aceitado o convite. É uma pessoa que eu confio bastante. E quero deixar ele orgulhoso. A gente tem uma oportunidade aqui muito grande. Se Deus quiser, a gente vai ser abençoado com a medalha. Mas passo a passo. A gente gosta de levar as coisas passo a passo. Mas é muito especial ele estar aqui. Gabriel Medina em entrevista ao COB

São muitos anos juntos. A confiança mesmo. Eu me sinto bem com ele do meu lado. Então, é o que faz sentido pra mim. Tudo isso que eu faço, tudo isso que eu vivi, tudo isso que eu vivo. Eu acho que surfar pra minha família sempre vai fazer sentido. Então, é bom ter ele aqui.

O que aconteceu

Medina anunciou na última semana que Charles o acompanharia nas Olimpíadas de Paris. Gabriel disputa os Jogos pela segunda vez, mas tenta a primeira medalha.

O padrasto já esteve ao lado do tricampeão mundial durante a temporada do Circuito Mundial de surfe, mas não como técnico. Medina segue sendo treinado pelo australiano Andy King.

A reaproximação acontece após cerca de quatro anos. Medina cortou relações com a mãe e o padrasto durante seu relacionamento com Yasmin Brunet. O surfista, porém, manteve contato com os irmãos Felipe e Sophia.

Simone, mãe de Gabriel, chegou a comemorar a classificação do filho para as Olimpíadas. Um dos motivos do racha foi o incômodo de Medina com a forma como a mãe administrava seus ganhos financeiros.

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O que mais Medina falou

Ondas de Teahupoo: "Essa onda é uma onda perfeita, uma esquerda tubular, é a minha onda favorita do circuito. Eu gosto de surfar ondas assim, desde pequeno eu surfo muito Maresias, Paubas, que são ondas que tem tubos, fundo de areia e aqui é fundo de coral, mas me deram bastante base para surfar esse tipo de onda. Então eu me divirto muito. Na real quando eu estou em casa, um dos meus dias mais felizes são esses dias que tem altos tubos em casa, estou com meus amigos surfando o dia inteiro, pegando tubos. Eu acho que onda assim te desafia, é desafiador, então você se superar ali toda onda você não sabe o que vai acontecer, você tem que dar o seu melhor ali, pode ser a melhor onda da sua vida ou pode ser o maior vacão, então, essa onda não te deixa numa zona de conforto".

'A gente já sabe como é': " Eu fico feliz de estar aqui nas Olimpíadas, é um lugar que é muito especial pra mim. Já tive ótimos resultados e a onda aqui é muito perfeita, então, ter a oportunidade de surfar aqui com mais uma, duas pessoas, é realmente especial e eu acho que tá sendo diferente, né? A gente tá numa ilha, tá bem distante de Paris, mas a gente já tá meio que acostumado com a ilha. A gente já vem aqui há 13 anos, então é um lugar que a gente já sabe como é. É um lugar de paz, tem uma energia boa, a ilha é muito linda, as pessoas aqui tratam a gente super bem, a gente tá com comida boa, então tá tudo certo".

A disputa do surfe nas Olimpíadas acontece entre os dias 27 e 30 de julho. A prova será no Taiti, na Polinésia Francesa, e o Brasil terá seis representantes: Gabriel Medina, Filipe Toledo, João Chumbinho, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel.

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