Organizadores de Paris-2024 cancelam entrevista sobre abertura após ataques
O Comitê Organizador Paris-2024 cancelou uma entrevista coletiva sobre a cerimônia de abertura após os ataques a trens de alta velocidade em linhas direcionadas à cidade. Não houve nenhuma explicação. Os organizadores dos Jogos agora avaliam juntamente com a companhia de trem, SNFC, qual o impacto dos incidentes na festa que inicia as Olimpíadas.
A entrevista trata-se de um evento tradicional de todos os Jogos em que os organizadores promovem a cerimônia de abertura. O objetivo é mostrar detalhes da festa para criar uma expectativa no público.
Estavam previstas as presenças do diretor da cerimônia, Thomas Jolly, e do presidente do Comitê Organizador, Tony Estanguet. Pouco antes do evento, foi comunicado o cancelamento da entrevista sem dar explicação aos jornalistas. Assessores do Comitê Paris-2024 disseram não ter informações. Há a previsão de uma entrevista por videoconferência com o Comitê Organizador provavelmente durante o dia de abertura.
Questionado sobre o impacto dos ataques na operação da abertura, o Comitê Paris-2024 informou que avalia com a companhia de trem quais os efeitos.
"Paris-2024 teve informações sobre os incidentes afetando as linhas Atlântica, Norte e Leste das linhas de trem da SNCF. Nós estamos trabalhando juntamente com nosso parceiro, o operador de trem SNCF, para avaliar a situação."
Isso gera uma incógnita sobre a operação de segurança para a abertura que será realizada no rio Sena. Há uma previsão de 45 mil policiais e dez mil soldados para proteger Paris durante o dia de estreia olímpica. Foram distribuídos bloqueios por diversas partes da cidade.
Os ataques vândalos às linhas de trem ocorreram longe de Paris, mas interromperam o tráfego e viagens do TGV para a cidade. A integração com cidades do Norte, Oeste e Leste, além do Eurostar para Londres foram afetados. O governo francês ainda investiga quem são os culpados e as linhas não foram normalizadas.
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