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Sakamoto: Paris prometeu inclusão, mas entregou abertura antidemocrática

Paris prometeu as Olimpíadas com mais inclusão, mas acabou entregando uma abertura olímpica antidemocrática com problemas maquiados, população de rua escondida e transmissão com história fragmentada, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News 2ª Edição desta sexta-feira (26).

Não é novidade, qualquer cidade do mundo faria isso [maquia problemas crônico]. O que não torna a situação menos triste. O maior legado de uma cidade olímpica seria a inclusão social. Paris está celebrando uma limpeza parcial do Rio Sena, um desenvolvimento ainda que insuficiente de sua malha cicloviária e isso são coisas importantes. É inegável. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Agora seria muito mais legal se Paris estivesse celebrando o fim da população em situação de rua pelo fato de não ser mais preciso morar na rua. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Quando a gente trabalha com legado olímpico, existe aquele legado vendido aos quatros ventos para a publicidade, inclusive para a publicidade política vendida para todo mundo. Assim como houve em Tóquio, no Rio de Janeiro ou outra cidade. Mesmo no nosso Rio de Janeiro o que a gente chama de legado olímpico é pífio e ridículo. Praticamente não houve legado olímpico na cidade do Rio. Houve transformações, mas transformações não precisavam das Olimpíadas. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Leonardo Sakamoto explicou que não gostou da abertura dos Jogos de Paris e criticou a fragmentação do evento que contou com transmissão pré-gravada e experiência ruim para quem estava presencialmente.

Entro no grupo que não gostei da abertura. A abertura foi ótima para o ministério dos negócios estrangeiros da França, que mostrou vários cartões postais. (...) Achei um pastiche. Minha impressão é que você teve uma cerimônia eminentemente voltada para os canais de TV. Claro que isso é importante porque você tem um mundo inteiro vendo e uma quantidade pequena de pessoas assistindo [em Paris]. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Neste caso, nem as pessoas que estavam lá estavam de fato assistindo. No afã de se dizer democrática, a abertura foi antidemocrática. Não é só uma questão de segurança, a forma como estava montado todos os shows, as pessoas vendo por tela. Muito material pré-gravado sendo colocado. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Normalmente uma abertura dos jogos olímpicos quer contar uma história. Essa história, no caso da França, foi bastante fragmentada. Foi uma colagem de pastiches, de lugares comuns. Não foi bom nem para as delegações, nem para quem estava lá e ficou esquisito para quem assistia pelas TVs ao redor do mundo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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