Ariarne Titmus e a prova em que melhor nadadora da história foi coadjuvante

A australiana Ariarne Titmus se consolidou no trono olímpico dos 400m livre. Neste sábado (27), ela superou as adversárias Katie Ledecky (EUA) e Summer McIntosh (CAN) e mostrou por que é a atual campeã ao conquistar a medalha de ouro em uma das provas mais disputadas da natação nas Olimpíadas de Paris.

Titmus terminou a prova em 3min57s49, 88 centésimos à frente da medalhista de prata McIntosh. Em todas as competições de 400m livre que participou desde 2019, a australiana ficou em primeiro lugar.

Estou feliz por ter o resultado para mim, e estou muito honrada por fazer parte da disputa e estar ao lado de lendas como Katie Ledecky. Eu a admiro muito como atleta, e certamente não é uma rivalidade além das provas. Eu realmente a respeito como pessoa e sua longevidade no esporte. É bom nos encontrarmos e batermos um papo.
Titmus

"É divertido competir com as melhores do mundo. Isso tira o melhor de mim; tira o melhor delas. Espero mesmo que todo o entusiasmo tenha correspondido às expectativas. Espero mesmo ter feito um bom show esta noite e que todos tenham gostado", completou a australiana.

Após reinar por cerca de sete anos, Ledecky viu a supremacia nos 400m livre ruir nas Olimpíadas de Tóquio. Foi nos Jogos de 2021 que Titmus ficou conhecida pelo mundo inteiro como um furacão. Atual detentora do recorde mundial, ela levou o ouro lá e consolidou-se no lugar mais alto do pódio com a nova conquista de hoje.

Eu não consideraria isso uma rivalidade, acho que é uma amizade. Temos muito respeito uma pela outra e amamos competir juntas. Isso traz o melhor de cada uma de nós e nos impulsiona no treinamento, sabendo que temos uma a outra para disputar esses tipos de competições
Katie Ledecky

Ambas estavam atentas à canadense Summer McIntosh, que inclusive superou Ledecky. Ela havia dado seu recado em 2023, quando quebrou o recorde mundial nas seletivas do seu país aos 16 anos de idade, com 3min56s08. Meses depois, Titmus roubou a marca histórica de volta ao cravar 3min55s38 no Mundial de Fukuoka, no Japão.

Ariarne Titmus e Katie Ledecky no pódio da natação 400m livre feminino das Olimpíadas de Paris
Ariarne Titmus e Katie Ledecky no pódio da natação 400m livre feminino das Olimpíadas de Paris Imagem: Maddie Meyer/Getty Images

Foi nessa 'prova do século' que Maria Fernanda Costa disputou sua primeira final olímpica. A participação da nadadora já ficou marcada na história, já que ela voltou a colocar a natação feminina brasileira em uma decisão de Jogos, o que não acontecia desde 2016, com Etiene Medeiros. Além disso, o Brasil não entrava na final dos 400m livre desde 1948.

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