Falta de proteína na Vila Olímpica faz restaurante do COB lotar em Paris

Atletas do mundo todo têm reclamado da falta de proteínas no refeitório da Vila dos Atletas em Paris. Os brasileiros, porém, têm uma alternativa ao problema: eles têm sido socorridos pelo restaurante montado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em sua base em Saint-Ouen, pertinho da vila.

"Por isso que nós trouxemos a nossa comida brasileira, né?", comentou, ao Olhar Olímpico, o presidente do COB, Paulo Wanderley. "Está todo mundo indo comer lá no Chateau, está muito bom nesse sentido. Mas eu acredito, sabe, que é o começo das coisas. Até ajustar, muitas coisas ainda estão se ajeitando", continuou.

O tema da falta de proteínas na Vila Olímpica tem sido explorado pela imprensa europeia. Ao The Times, Andy Anson, presidente-executivo do comitê olímpico britânico, disse que não é adequada. "Não há o suficiente de certos alimentos: ovos, frango, certos carboidratos. E tem também a qualidade da comida, com carne crua sendo servida aos atletas. Eles precisam melhorar isso dramaticamente nos próximos dias", reclamou.

Os Jogos de Paris propuseram uma dieta mais vegana do que edições anteriores, com redução de proteína animal. Mas a medida passou do ponto, e fez com que altetas do mundo inteiro reclamassem da falta de ingredientes como ovo. Para garantir a presença de proteínas no buffet, o frango estaria sendo servido antes de chegar ao ponto correto.

Enquanto a a Sodexo Live, empresa responsável pelo serviço de buffet, disse que ampliou o pedido diário de vários ingredientes, o Brasil não é o único país a ver sua base fora da Vila se tornar um local de refeição para os atletas. Os britânicos até trouxeram mais um chefe de cozinha para atender à demanda muito maior do que o previsto em Clichy, onde fica a base deles.

Mas a falta de proteína é só um dos problemas que a organização tem enfrentado neste início de Olimpíada. O transporte também tem sido criticado. As melhores skatistas do mundo no street, de Brasil, Japão e Austrália, foram deixadas sem ônibus após um treino na pista. As brasileiras tiveram que voltar de táxi para a vila.

"Todos os chefes de missão têm uma reunião diária com o comitê organizador e isso foi motivo de atenção nossa para eles. E não só nossa, mas com os outros comitês também", reconheceu Paulo Wanderley.

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