Georgiano é eliminado na esgrima, se revolta e grita com a arbitragem

Após a derrota, Bazadze afirmou que a "carreira acabou". Ele é o atual vice-campeão europeu na modalidade.

São as Olimpíadas, eles nem conferem direito o vídeo. Não posso voltar, estou parando minha carreira, acabou. Minha carreira acabou, como posso voltar se os árbitros me matam o tempo todo? Ela (a árbitra) nem verifica, é a minha vida. Estou nesse esporte há 21 anos e ela me arbitra como se eu não fosse ninguém. Sandro Bazadze

O georgiano também contestou a eliminação em Tóquio-2020. Naquela ocasião, ele caiu na semifinal para o húngaro Aron Szilagyi.

Esta é a segunda vez consecutiva que fui um dos favoritos na competição. A última vez em Tóquio, nas semifinais, eles me mataram. Agora eles me mataram pela segunda vez. São meus terceiros Jogos Olímpicos, cheguei na melhor forma da minha vida. O que posso fazer? Acabou.

Dia de revoltas

Bazadze não foi o único atleta a sair revoltado neste sábado. Pelo menos outros dois atletas não se conformaram com eliminações.

O primeiro foi o japonês Ryuju Nagayama. Ele foi derrotado pelo espanhol Francisco Garrigos nas quartas de final do judô até 60kg por estrangulamento. O judoca, no entanto, se recusou a cumprimentar o rival e só deixou o tatame após pedidos da organização. Ele acabou ficando com o bronze após a repescagem, justamente ao lado do rival que o derrotou.

A sueca Tara Babulfath, também do judô, foi mais uma atleta a não aceitar o resultado final de um duelo. Ela foi derrotada pela japonesa Natsumi Tsunoda na semifinal da categoria até 48kg. A atleta recebeu o terceiro shidô no golden score (ponto de ouro) e, por isso, foi eliminada. Após a derrota, partiu para cima da arbitragem. Mais tarde, conseguiu garantir o bronze.