Paris 2024: Mar que 'quebra crânio' faz primeira vítima nas Olimpíadas
Guilherme Dorini
Colaboração para o UOL
27/07/2024 21h50
As temidas ondas de Teahupoo, no Taiti, fizeram sua primeira vítima nos Jogos Olímpicos, neste sábado (27). Ao tentar dropar uma das maiores ondas do dia, a francesa Johanne Defay caiu e saiu do mar com um corte preocupante na cabeça.
O que aconteceu
A bateria havia acabado de começar, quando Defay remou forte no que seria sua primeira onda.
Ao ficar de pé e pegar a parede da onda, a francesa escorregou e acabou arremessada para o fundo.
Quando voltou à superfície, o sangue já escorria de sua cabeça. A francesa foi atendida ainda no mar e voltou a competir.
'Quebra crânio'
A onda de Teahupoo - que quer dizer 'mar dos crânios quebrados' na tradução do taitiano - possui uma bancada rasa e afiada e, quando desperta, pode castigar feio até mesmo os surfistas mais experientes por lá, como é o caso de Johanne.
Onda 'proibida' por 16 anos
O evento fez parte do Circuito Mundial feminino entre 1999 e 2006, mas saiu do calendário das mulheres em 2007 por questões de segurança. Elas ficaram 16 anos sem competir por lá, voltando apenas para a temporada de 2022.
Morte em Teahupoo
Em 2001, por exemplo, Briece Taerea, um surfista local, foi engolido por uma onda de quase cinco metros e morreu após quebrar o pescoço e as costas. Um ano antes, o brasileiro Neco Padaratz, que fazia parte da elite mundial, quase morreu afogado depois de ficar preso em um coral.