Brasil conquista as três primeiras medalhas em Paris naquilo em que é forte
O Brasil conquistou neste domingo (28) as primeiras medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. Mostramos força naquilo que somos fortes: judô e skate, modalidades nas quais a presença no pódio já era esperada.
E olha que o pessoal do Japão tentou atrapalhar e — em alguns casos — foi obstáculo intransponível, evitando resultados ainda mais expressivos. Mas a emoção e euforia com as medalhas vieram.
Primeiro, no judô, em dose dupla. Willian Lima foi prata na categoria até 66 kg e, depois das lágrimas pela derrota na final (para um japonês), conseguiu concretizar o objetivo de comemorar a medalha junto ao filho — depois do cálculo feito com a mulher para que ele já tivesse nascido a tempo da Olimpíada.
A segunda medalha do judô foi o bronze de Larissa Pimenta, na categoria até 52 kg. Até uma bronca de uma adversária serviu como incentivo para que ela fosse bem na chave de repescagem e conquistasse a medalha.
Quase simultaneamente, Rayssa Leal, a Fadinha, voou sob pressão e tirou da cartola manobras que renderam o bronze no skate street feminino.
Depois da prata em Tóquio 2020, agora fica a esperança do ouro em Los Angeles 2028 para completar a coleção dela, que já é um dos principais nomes olímpicos da geração atual. Ouro e prata ficaram com japonesas.
Rayssa foi a única representante brasileira na final olímpica, já que Pamela Rosa, que mais uma vez competiu machucada, e Gabi Mazetto não passaram da fase de classificação.
Muito brilho na ginástica e no surfe
E o domingo em Paris também trouxe perspectiva de medalhas também na ginástica artística feminina, com a classificação brasileira por equipes na final. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira brilharam.
E ainda vieram vagas individuais. Rebeca, por exemplo, avançou no individual geral e em mais três aparelhos: salto, trave e solo.
Flavinha vai para o individual também. Júlia Soares, por sua vez, vai para a final na trave.
No surfe, o caminho até a medalha ainda está disponível para Tatiana Weston-Webb e Tainá Hinckel, que avançaram na repescagem e seguem na briga no Taiti.
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Quero receberReconhecimento, mesmo fora do pódio
Se os Jogos Olímpicos trazem um aspecto de superação, esse elemento também se mistura à frustração quando o pódio fica tão perto. Mas não é atingido.
Ana Sátila provou isso na canoagem slalon. Terminou em quarto lugar no caiaque simples. Mas atingiu o melhor resultado do Brasil na história.
O que deu errado
O dia recheado de emoção teve também seus problemas, com derrotas amargas. O handebol e o futebol feminino viveram isso.
Depois da vitória na estreia sobre a Espanha, a seleção de handebol perdeu de virada para a Hungria (25 a 24).
E a seleção de futebol levou a virada do Japão, por 2 a 1, sofrendo a virada nos acréscimos. A vaga no mata-mata está a perigo.
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