Handebol: Brasil abre vantagem, mas leva virada da Hungria em fim dramático
O Brasil chegou a abrir cinco gols de vantagem, mas levou a virada da Hungria nos últimos segundos e foi derrotado por 25 a 24, na Arena 6 Paris Sul, pela segunda rodada do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. Fim dramático diante de uma das favoritas.
A seleção feminina teve um gosto amargo na campanha em busca da medalha olímpica inédita. As brasileiras tiveram uma boa atuação e chegaram a encaminhar o resultado, só que perderam o fôlego na reta final e não repetiram o feito da estreia, em que venceram a Espanha por 29 a 18. O Brasil, embora tenha sido campeão mundial em 2013, nunca chegou ao pódio no handebol feminino, tendo o 5º lugar na Rio-2016 como a melhor campanha na história.
As Leoas seguem com dois pontos no Grupo B, empatadas com a Hungria. Medalhistas de prata (2000) e de bronze (1976 e 1996), as húngaras foram derrotadas pela França no primeiro jogo desta edição dos Jogos. Elas conquistaram a classificação para Paris na primeira colocação na Europa.
A seleção brasileira volta à quadra na terça (30) para enfrentar a França, dona da casa e atual campeã olímpica. A partida será disputada às 14h (de Brasília). As quatro melhores colocadas de cada grupo avançam às quartas.
Torcida brasileira lotou o ginásio e empurrou a seleção em duelo animado em quadra e na arquibancada. O verde e o amarelo se destacaram, embora as húngaras também tenham comparecido em peso, com muitas bandeiras do país e uniformes da seleção (de futebol). Os adversários levaram um instrumento de percussão, mas os brasileiros aproveitavam as batidas para gritarem: "Brasil, Brasil".
A goleira Gabi Moreschi foi novamente um dos destaques da equipe, mas não conseguiu impedir a virada. Ela contou com a ajuda da trave, principalmente nos primeiros e últimos minutos, só que não teve a mesma atuação que freou as espanholas na estreia. A cada defesa, a 'paredão' brasileira vibrava, sorria e comemorava muito. No entanto, o último gol da Hungria acabou a com a festa.
As brasileiras tiveram um ataque "democrático", enquanto Petra foi o nome da virada húngara. Bruna de Paula, Mari Fernandes e Jéssica Quintino balançaram a rede quatro vezes cada uma, mas a número 77 adversária foi a artilheira da partida, com cinco gols — além de ter feito o da vitória.
Como foi o jogo
O duelo teve disputa acirrada no placar, ponto a ponto, desde o começo. O Brasil entrou com a marcação fechada, rente ao perímetro da área, para frear o perigoso ataque adversário. As húngaras foram as primeiras a marcar e largaram na frente, mas as Leoas logo responderam e deram início, assim, à uma trocação de gols. A equipe comandada por Cristiano Rocha tinha espaço pelas pontas, mas encontrava dificuldade para converter as chances diante da goleira rival.
A seleção brasileira foi crescendo durante a partida e passou a dominar a quadra. O primeiro tempo chegou na metade com o Brasil vencendo por 7 a 6, conseguindo se recuperar depois de estar atrás por dois gols. No intervalo, o placar era 15 a 12 para o Brasil. As Leoas aproveitaram uma punição de dois minutos da Hungria para disparar no marcador.
O Brasil deu a impressão de que deslancharia na segunda etapa, mas passou sufoco e teve fim dramático. A seleção abriu cinco gols de vantagem, mas caiu de produção, viu as adversárias apertarem na reta final. Faltando 30 segundos, o Brasil teve a chance de voltar a liderar, mas Jéssica Quintino parou na goleira adversária. Na sequência, a Hungria marcou um golaço no ângulo faltando três segundos e ficou com a vitória. Um baque para a equipe brasileira, que lutou de frente contra uma das favoritas na modalidade.
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