Rebeca avança para disputar 5 medalhas contra Biles; Brasil faz 7 finais
A ginástica artística feminina do Brasil mostrou muita força neste domingo, no encerramento das eliminatórias das Olimpíadas, classificando-se a oito finais, um recorde histórico. Só Rebeca estará em cinco: no individual geral (em segundo), no salto (segundo), no solo (segundo) e na trave (terceiro). Em todos os casos, ficou logo atrás de Simone Biles. As duas foram eliminadas nas assimétricas, com notas semelhantes.
Além disso, o Brasil passou muito bem à final por equipes. Somou 166,499 pontos, contra 166,861 da Itália e 166,628 da China, principais adversárias pela prata, já que os EUA ficaram, como esperado, bem à frente.
Flávia Saraiva está na final do individual geral, com a 11ª melhor soma do dia, apesar de uma falha grave na trave, que abriu espaço para Julia Soares avançar à primeira final olímpica de sua vida, em oitavo.
A primeira final é na terça (30), às 13h15 (de Brasília), por equipes. Depois, Rebeca e Flávia disputam o individual geral, na quinta (1), no mesmo horário. No sábado (3), Rebeca faz final do salto às 11h20. O domingo (4) é dia livre, porque ela ficou fora nas assimétricas. Mas, na segunda (5), ela fecha a competição com finais na trave (7h38) e no solo (9h23). Nas duas provas terá a companhia de Flavinha.
A prova
Por sorteio, o Brasil começou pelo salto, exatamente seu porto seguro. Lorrane Oliveira fez um salto de segurança (12,900), que depois seria descartado, enquanto Jade Barbosa (13,733) e Flávia Saraiva (14,100) fizeram Yurchenko com dupla pirueta e subiram a nota brasileira.
Rebeca Andrade veio depois. Primeiro fez seu Cheng, com boa execução, somando 14,900 para o Brasil, segunda melhor nota do dia. Para classificar-se à final do salto, só precisava de mais uma apresentação básica, o que para ela é um Yurchenko com dupla. Nota 14,466 e um conveniente segundo lugar, com 14,683, que a permite se apresentar depois de Biles na final, já sabendo a nota da rival. A norte-americana fez 15.300.
Nas assimétricas, Lorrane passou bem, mas sentiu que poderia mais do que a nota 13,233. Jade teve seu seguro 12,733 descartado, enquanto Flavinha fez ótimo 13,800 no seu pior aparelho. Rebeca, porém, teve problemas. Quase não conseguiu completar um giro, parando de ponta-cabeça na barra, e recebeu nota 14,400, abaixo dos 14,600 que precisava para entrar na final. Biles, com 14,033, pouco acima, também ficou fora.
A trave também terá duelo Biles x Rebeca. A brasileira se juntou à norte-americana com a série mais bem executada do dia, e nota 14,500, a terceira melhor das eliminatórias — Biles fez 14.733 e a chinesa Yaqin Zhou 14.866. A surpresa é que Julia Soares também passou à final, em oitavo, após apresentação de 13,800 pontos. Flavinha, cotada à medalha, precisou se agarrar à trave para não cair, e mesmo assim teve sua nota 13,133, contando para a equipe. Jade fez 13,100.
O solo brasileiro levantou o público da Arena Bercy, repleto de camisas amarelas. Rebeca é a única na final, com a nota 13,900 que tirou, só atrás de Simone Biles, que fez 14.600. Julia e Jade, ambas com 13,500, terminaram entre as 12 primeiras.
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