Entenda o tumor que tirou Nathalie Moellhausen da esgrima na Olimpíada
Recém-saída do hospital, a esgrimista Nathalie Moellhausen foi eliminada das Olimpíadas de Paris 2024, logo na estreia. Só que mais alarmante que o resultado esportivo da ex-campeã mundial foi o diagnóstico médico com o qual ela participou da disputa: um tumor benigno nas costas.
Nathalie passou mal durante a última rodada de seu combate com a canadense Ruien Xiao, de 16. A atleta pediu atendimento, tentou voltar, mas não aguentou e perdeu o jogo. O tumor benigno está localizado no cóccix e será retirado em cirurgia nesta segunda-feira (29).
O que isso quer dizer?
O ortopedista Célio Shigueo Mori, especialista em trauma do esporte e coordenador da Residência em Ortopedia da Santa Casa de Araçatuba, diz que apesar do nome "tumor" assustar, quando se trata de um benigno não há nenhuma relação com câncer.
"A evolução é diferente e, dependendo do local onde ele está alojado, pode causar dores durante sua evolução. No caso de Nathalie, pode ser dor no local, para se movimentar, para sentar", explica.
O especialista explica que não tem como saber o motivo pelo qual esse tumor se desenvolveu — indiferente de seu local de alojamento. O que dá para cravar, segundo ele, é que se trata de um crescimento anormal das células.
"Como seu crescimento é lento, temos que acompanhar, mas o tratamento é geralmente cirúrgico. Uma vez retirado, o caso está resolvido e a pessoa curada", acrescentou Mori.
O que o COB disse sobre o caso
O Comitê Olímpico do Brasil explicou que Nathalie foi tratada com analgésicos para tentar competir em Paris.
A benignidade do tumor foi constatada em uma biópsia feita pelos médicos da esgrimista.
"Integrantes da área de saúde do COB foram ao hospital durante a internação da Nathalie na semana passada, estiveram em contato com o médico particular da atleta e a própria Nathalie e têm monitorado toda a situação de perto", disse o COB.
A retirada do tumor na cirurgia vai causar a descompressão no local onde ele está alojado.