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Ginástica festeja momento único, mas Flávia deixa ginásio chorando

Olimpíadas 2024: Flavia Saraiva nas barras assimétricas Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

Colaboração para o UOL, em Paris

28/07/2024 19h17

A classificação do Brasil a sete finais foi motivo de grande comemoração para a seleção brasileira de ginástica artística feminina, mas uma ginasta deixou a Arena Bercy bastante abalada. Flávia Saraiva cometeu uma falha na trave, depois teve problemas no solo, e saiu das eliminatórias fora das finais por aparelhos.

"A Olimpíada não é uma competição normal. É muita pressão, muito alta, muito grande. E como ela já tinha medalhas e tudo, ela sente mais pressão ainda. Mas ela vai superar, vai ajudar a equipe, vai competir e vai estar tudo bem", comentou a técnica Iryna Ilyashenko.

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Flávia fazia boa série na trave quando teve um desequilíbrio e quase caiu. Conseguiu se agarrar, abrançando a trave com braços e pernas. Depois, no solo, de acordo com Irina, deslizou o pé no tablado liso. Para evitar uma lesão, simplificou bastante uma passada.

A expectativa era de que ela se classificasse às duas finais, junto de Rebeca Andrade. Na trave, foi substituída, de forma surpreendente, por Julia Soares. Assim, só estará na final do individual geral, na quinta, para a qual se classificou em 11º.

Chances de medalha

No total, Rebeca fará cinco finais, quatro individuais. Em todas, se classificou na posição abaixo de Biles: segunda no individual geral, no solo e no salto, e terceira na trave, atrás também de uma chinesa.

No salto, o segundo lugar é bom porque permite a ela competir depois de Biles, já sabendo o que a norte-americana fará. Mas o técnico Francisco Porath diz que não há estratégia. "Com a média que a Biles fez, Rebeca só tem chance de ouro se acontecer como no Mundial e a Biles errar."

Naquela competição, a norte-americana falhou no Biles II, e Rebeca, que competiu depois, conquistou o ouro com um segundo salto mais simples do que o seu melhor.

Por equipes, a briga do Brasil não deverá ser contra os EUA, também a não ser que elas cometam muitos erros. A equipe brasileira passou para a final em quarto, mas com nota muito próxima a a China e Itália. Se Flávia acertar os dois aparelhos em que errou, as chances de uma prata sobem muito.

Xico sabe que a hora é agora. "Eu acho que a gente tem a chance, que eu não sei se teremos novamente, de juntar atletas tão boas e poder disputar realmente uma medalha por equipes. Então a gente vai focar nisso e eu tenho certeza que a Flávia vai levantar a cabeça e vai buscar isso aí junto com todas."

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