Jéssica assume culpa por derrota no handebol: 'Tive muitas oportunidades'
Do UOL, em Paris (França)
28/07/2024 07h08
Ainda abatida após a derrota por 25 a 24 para a Hungria, no torneio feminino de handebol, a ponta-direita Jéssica Quintino desabafou. Depois de falhar nas finalizações dos dois últimos ataques do Brasil na partida, ele disse que se sentia responsável pelo resultado.
"Eu assumo a responsabilidade por essa derrota, porque eu acho que nós criamos muita coisa boa no ataque", disse Jéssica, em entrevista ao UOL.
"Tive muitas oportunidades e não reverti o gol, então eu acho que não foi porque nós fizemos uma partida ruim, é uma coisa mais individual", acrescentou a jogadora, que marcou marcou quatro gols em dez finalizações.
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A derrota foi a primeira da seleção feminina de handebol nos Jogos Olímpicos. Na estreia, as brasileiras venceram a Espanha por 29 a 18.
Técnico e colegas discordam
O desabafo de Jéssica após a partida deu início a uma onda de apoio à jogadora. O técnico Cristiano da Rocha afirmou que entende a autocrítica da atleta, mas não concorda com a avaliação.
"Eu acho que isso vem muito do nível que o atleta tem, a Jessica é uma jogadora
que está na sua terceira Olimpíada, é uma grande jogadora, mas é lógico que falou isso na emoção. Não tem um só responsável e de forma geral nossa equipe teve problemas
na finalização", afirmou o treinador.
A capitã da seleção brasileira, Bruna de Paula, foi na mesma linha. "A gente sabe que todo detalhe faz a diferença. Eu mesma saí do jogo e pensei "mano, se eu tivesse acertado aquela bola?", então faz parte. Ela nos ajudou muito, em todos os momentos, meteu vários golaços. Somos uma equipe, a culpa é de todo mundo", disse.
A goleira Gabi Moreschi, destaque do Brasil na partida de estreia, brincou e disse que vai dar uma bronca na colega. "Eu vou chegar agora no vestiário e vou brigar com ela. Porque a gente é um time e todo mundo tem a sua parcela de responsabilidade, de culpa", disse.
"A Jessica é uma atleta sensacional, ela sempre está muito bem fisicamente, mentalmente e tudo mais. E a gente tem que entender que nesse alto nível as goleiras também estudam as nossas jogadoras. E isso acontece, se todo mundo fizesse gol o tempo inteiro eu não ia ter emprego, né?", concluiu a goleira da seleção.
O Brasil volta a campo na terça-feira, às 14h de Brasília, para enfrentar a França. As donas da casa são as atuais campeãs olímpicas e mundiais.