Marcos de massacres, assassinatos e revoltas viram sedes olímpicas em Paris
Não basta torcer para o Brasil, tem que admirar a paisagem. E Paris colocou arenas em seus principais pontos turísticos — alguns com histórico duvidoso.
Os revoltados com a Torre Eiffel
O cartão postal da cidade é amado por turistas e será palco das competições de vôlei de praia, mas teve de superar a revolta dos moradores. A Torre Eiffel era odiada pelos parisienses, que a consideravam uma ameaça à estética da cidade.
Inaugurada em 31 de março de 1889 (pouco mais de dois anos após o início de sua construção), a ideia era que ela fosse temporária e tivesse vida útil de apenas 20 anos. O problema é que, logo, as autoridades perceberam que ela seria um ótimo ponto para ajudar nas telecomunicações e os parisienses tiveram que aceitar o corpo estranho.
Sorte deles que o incômodo virou um dos monumentos mais visitados no mundo. Seus 330 metros de altura recebem, em média, 7 milhões de turistas por ano.
Praça da Concórdia e da guilhotina que matou reis
"Cortem as cabeças!". Essa frase combina muito com o palco de competições como skate, basquete 3x3, BMX freestyle e breakdancing.
A Praça da Concórdia é um endereço marcado pela Revolução Francesa. Em 1792, havia uma guilhotina no local onde pessoas eram executadas, com o corte de suas cabeças, em meio a luta do povo francês. Nomes importantes perderam a vida no local, como o rei Luís XVI e Maria Antonieta.
Foi só em 1795, com o fim da Revolução, que a praça recebeu o nome que tem hoje. A ideia era mostrar que o povo francês estava em paz.
Campo de Marte e do massacre da revolução
Os jardins que ficam aos pés da Torre Eiffel têm nome: Campo de Marte. Eles vão receber as competições de judô e outras lutas nas Olimpíadas. O que combina muito bem com o endereço, que foi marcado por suas importantes batalhas históricas.
Em 1871, durante a Revolução Francesa, um massacre foi cometido contra manifestantes republicanos por lá, que ficou conhecido como Massacre do Campo de Marte. Os jardins também funcionaram como terreno para que os estudantes da Escola Militar praticassem suas manobras no século XVIII.
Hoje o local recebe festivais, shows e eventos importantes da cidade.
Grand Palais (esse não tem tragédia...)
Pertinho da Champs-Élysées, o Grand Palais será a casa da esgrima e do taekwondo. Seu design foi assinado por três arquitetos e seu projeto foi pensado para receber a Exposição Universal, em 1900. Feito de concreto armado, foram necessários 1500 trabalhadores para que sua construção fosse concluída e custou 24 milhões de francos franceses na época. Atualmente, o local recebe diversos eventos e já foi palco de desfiles da Chanel durante o Paris Fashion Week.
Ponte Alexandre III (mas essa tem alusão à guerra)
Considerada uma das pontes mais enfeitadas de Paris, ela foi inaugurada em 1900 para simbolizar a aliança franco-russa. Construída sob o Rio Sena, é um Monumento Histórico Mundial pela UNESCO. A ponte receberá competições de ciclismo (em cima), maratona aquática (embaixo) e triatlo (em cima e embaixo).
Todos os detalhes esculpidos em sua estrutura têm uma explicação: as ninfas do Sena representam as armas do rio e as ninfas da neve, protegem as armas russas. As quatro esculturas em cobra em sua extensão são, por sua vez, os espíritos das águas.
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