COB apura se há denúncia de assédio de nadadora expulsa dos Jogos

O COB apura a existência da denúncia de assédio da nadadora Ana Carolina Vieira, que foi expulsa da delegação brasileira na manhã do último domingo (28) por indisciplina. A atleta alega que ficou sem contato com ninguém após ser retirada da delegação e demonstrou não confiar no comitê porque teve uma denúncia ignorada.

No sistema do COB, as denúncias de assédio são encaminhadas ao compliance. Depois disso, se considerado que tem fundamento depois de apuração, são levadas ao Conselho de Ética para julgamento. Os órgãos funcionam de forma independente dentro da entidade.

De acordo com o COB, foi iniciada uma verificação com o compliance para determinar se houve de fato a denúncia de Ana Vieira e se houve alguma conclusão. O comitê promete comunicar o resultado de sua verificação.

"Não consegui falar com ninguém. Me mandaram falar com os canais do COB, mas como vou entrar em contato com os canais do COB se já fiz uma denúncia e nada foi resolvido, de assédio dentro da seleção? Vou falar tudo, falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo", foi a declaração de Ana Vieira em rede social.

O UOL apurou que a CBDA não teve conhecimento do suposto caso de assédio revelado por Ana Vieira. Como ambas as situações descritas pela atleta aconteceram em missão do Comitê Olímpico do Brasil, a entidade que cuida da natação aguardará os esclarecimentos do COB.

Ana Vieira foi expulsa da delegação por dois casos de indisciplina. Primeiro, saiu da Vila Olímpica sem autorização com o namorado para passear. Depois, questionou de forma ríspida uma decisão da comissão técnica da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) de mudar o revezamento 4x100m livre do qual participaria.

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