Medalha a Chávez e boxe: o que Venezuela já fez nas Olimpíadas desde 1948

Em meio às eleições na Venezuela, os atletas que representam o país nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 têm adotado cautela sobre o assunto. Ao todo, os venezuelanos já conquistaram 21 medalhas desde a primeira participação olímpica.

Histórico da Venezuela nos Jogos Olímpicos

A Venezuela participa dos Jogos Olímpicos desde 1948, na edição de Londres. Desde então, o país já conquistou um total de 21 medalhas — sendo quatro de ouro, sete de prata e dez de bronze.

A primeira medalha veio nas Olimpíadas seguintes. Em Helsinque, na Finlândia, a Venezuela conquistou o bronze com Asnoldo Devonish, do salto triplo. Já a primeira medalha de ouro foi conquistada no México, em 1968, com o boxeador Francisco "Morochito" Rodríguez.

Depois disso, o país voltou a subir na posição mais alta do pódio em outras três ocasiões: em Barcelona 1992, no taekwondo; em Londres 2012, na esgrima; e em Tóquio 2021, também no salto triplo.

Em seu histórico olímpico, o país teve mais sucesso em esportes individuais, como o levantamento de peso e o boxe. Nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, por exemplo, o levantador de peso Hersony Canelón fez história ao conquistar a medalha de prata na categoria até 67 kg. Já o boxe é o esporte que mais rendeu medalhas olímpicas para a Venezuela.

A Venezuela teve seu melhor desempenho em Tóquio, quando conquistou quatro medalhas —incluindo uma de ouro.

A primeira medalha venezuelana no Japão foi dedicada a Chávez. Depois de levantar 326 kg, o halterofilista Julio Mayora ganhou a medalha de prata e recordou o que seria o aniversário de 68 anos de Hugo Chávez. "Esse é um presente para o presidente Hugo Chávez", disse.

Para os Jogos Olímpicos de Paris, a Venezuela levou 33 atletas. A delegação representa o país em 12 modalidades diferentes. Até o momento, não foi conquistada nenhuma medalha.

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Última medalhista olímpica do país, a atleta Yulimar Rojas se lesionou e não vai brigar pela medalha no salto triplo. Ela conquistou o ouro em Tóquio e a prata na Rio 2016.

Cautela em Paris. Em meio às eleições presidenciais venezuelanas, a única manifestação política foi a do campeão olímpico de esgrima Rubén Limardo (Londres 2012), que desejou paz no país. Outros membros da delegação também disseram não estarem pensando em política.

"Que seja sempre pelo bem-estar do meu país", disse Limardo à Folha de S.Paulo. "É só o que quero, como representante de todo o país [nos Jogos]. Que tudo se mantenha em paz, porque os venezuelanos são alegria", continuou.

Desde sua conquista em Londres 2012, Limardo já criticou a falta de apoio do governo ao esporte no país. Atualmente, ele vive e treina na Polônia.

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