Djokovic contou com brasileiro para treinar para 'último' jogo contra Nadal
Eles nem concordam se essa vai ser a última vez que um dos duelos mais icônicos da história do tênis vai acontecer, mas fato é que Rafael Nadal e Novak Djokovic vão se enfrentar pela segunda rodada do torneio de simples dos Jogos Olímpicos de Paris nesta segunda-feira, por volta das 9h da manhã, pelo horário de Brasília.
Foi Djokovic quem começou a falar em um duelo histórico quando declarou, logo depois que as chaves foram definidas, que essa poderia ser a "última dança" entre os rivais. "Mas quem disse que seria a última?", respondeu Nadal, que também reconheceu não estar competitivo nos últimos dois anos por conta das lesões. "Quase todos os jogos que eu joguei contra ele eu estava em uma situação diferente em relação àquela em que estou hoje, e isso torna as coisas mais difíceis para mim. Sou mais imprevisível agora, mas eu sempre tenho esperança, eu sempre acredito."
O espanhol de 38 anos vem de uma lesão grave no psoas da perna esquerda, e perdeu a maior parte do ano passado. Ele, inclusive, sentiu a coxa em um dos treinamentos já em Roland Garros, mas mesmo assim seguiu com os planos de disputar o torneio de simples e o torneio de duplas, com Carlos Alcaraz.
Nadal não fala em planos de aposentadoria, mas há tempos se fala que ele vai acabar se despedindo das quadras no final deste ano. E o próprio Djokovic, de 37 anos, também vem de uma lesão, tendo operado o menisco do joelho direito.
Djokovic chega mais inteiro ao jogo
Mas está claro que o sérvio chega mais inteiro. Ele só jogou uma partida fácil de simples, em que basicamente entregou um game para o australiano Matthew Ebden e fechou com 6/0, 6/1. Já Nadal teve um jogo de 2 a 0 na primeira rodada das duplas, mas não foi uma partida fácil e ele foi fundamental na vitória, trabalhando bastante na dupla com Carlos Alcaraz, que é muito mais acostumado a jogar de simples. E, para completar, Nadal também sofreu para fechar seu primeiro jogo de simples contra o húngaro Marton Fucsovics por 2 sets a 1.
Mesmo sabendo que o rival teve uma semana bem mais difícil, Djokovic não está descuidando da preparação para enfrentar aquele com quem teve os duelos mais apertados na carreira e do qual perdeu em 20 das 28 vezes que eles jogaram no saibro. Ele não costuma treinar com canhotos, mas pediu para o brasileiro Thiago Monteiro trocar bolas com ele neste domingo justamente para se preparar para o tipo de ângulo das bolas do também canhoto Nadal.
Os tenistas se enfrentaram por 59 vezes na carreira. Djokovic tem 30 vitórias, Nadal, 29. Porém, o espanhol tem dois ouros olímpicos (um na simples e um nas duplas), e o sérvio, apenas um bronze, justamente após ter perdido a semifinal em Pequim para Nadal.
Nadal se sente em casa no saibro de Roland Garros e três das últimas quatro partidas entre os dois aconteceram justamente nas quadras francesas. Delas, Nadal leva vantagem: ele venceu em quatro sets em 2022 no Aberto da França e em 2020, quando teve uma de suas vitórias mais elásticas sob o rival, perdendo apenas dois games nos dois primeiros sets para bater Djokovic na final de 2020. E, em 2021, na semifinal, deu Novak.
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