Judô: Rafaela Silva atropela e vai à semi em busca do 2º ouro olímpico

A judoca Rafaela Silva dominou a georgiana Eteri Liparteliani nas quartas de final da categoria até 57kg nas Olimpíadas de Paris e segue em busca de seu segundo ouro olímpico.

O que aconteceu

A brasileira, que conquistou a medalha de ouro há oito anos, venceu Eteri com um ippon após dois waza-ari. Quarta colocada no mundo, Rafaela não tomou conhecimento da adversária, sétima colocada no ranking.

Dominante no tatame, a brasileira começou dando um waza-ari logo nos primeiros segundos e terminou o combate antes dos dois minutos. A brasileira teve mais uma performance dominante e despachou a rival praticamente sem levar sustos.

Ela volta para a semifinal ainda nesta segunda (29) e encara a sul-coreana Mimi Huh, terceira colocada no ranking. A próxima adversária foi campeã mundial em 2024 e tem 21 anos. Os duelos da repescagem, que serão realizados antes das semis, começam às 11h (de Brasília).

A classificação confirmou que ela vai disputar medalha em Paris. Em caso de derrota na semi, ela vai para o combate valendo o bronze. Se vencer, garante pelo menos a prata.

Rafaela também vai participar da disputa por equipe mista, que ocorrerá em 3 de agosto. Em sua estreia nestes Jogos, ela dominou a turcomenistã Maysa Pardayeva.

Em busca de fazer história, de novo

A atleta de 32 anos está em sua terceira edição de Olimpíadas e é cotada a ser medalhista em Paris. Estreou nos Jogos em Londres-2012 com o nono lugar, e depois foi ouro na Rio-2016, recebendo o primeiro ouro brasileiro nos Jogos disputados em casa. Foi suspensa por doping e não participou de Tóquio.

Rafaela foi a primeira judoca brasileira campeã mundial, em 2013, e repetiu a conquista em 2022. Natural do Rio de Janeiro, ela é considerada a melhor judoca da história do esporte nacional.

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O ex-judoca Flávio Canto afirmou que Rafaela está com "o mesmo olhar" de quando conquistou o ouro. Ele destacou a concentração da medalhista, disse que ela está mais completa em seu jogo e que as duas atuações da brasileira nas vitórias em Paris dão otimismo para uma nova medalha.

Quem acompanhou 2016, quando ela foi campeã, era o mesmo olhar, a atenção. Agora está mais madura e mais equilibrada no jogo dela. Muito boa no chão, na transição, teve uma vitória por uma chave de braço e na segunda ela atropelou uma atleta duríssima. A maneira como ela ganhou que dá mais otimismo para a gente sonhar com uma medalha hoje. Flávio canto, treinador de judô do Brasil. Flávio Canto, à CazéTV

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