Rafaela Silva sofre lesão, chora e fala em Jogos-2028: 'Não vou encerrar'
Contundida e emocionada, judoca Rafaela Silva teve frustrada sua tentativa de uma segunda medalha olímpica ao perder duas lutas em Paris. Mas a atleta promete seguir sua trajetória para tentar disputar seus quartos Jogos em Los Angeles-2028. Ela terá 36 anos na ocasião.
Ao responder as perguntas, Rafaela chorava bastante pelo sentimento de que tinha abicado de diversas coisas ao almejar a segunda medalha.
"Sempre muito doloroso, porque é o meu terceiro Jogos Olímpicos. Não vou encerrar aqui hoje. Como eu já tinha falado antes dos jogos, eu tenho o objetivo de ir até Los Angeles", contou Rafaela Silva.
"Então eu queria essa medalha. Eu abdiquei do campeonato mundial esse ano, focada nessa medalha olímpica. Eu treinei, estudei, foquei no meu trabalho, nas minhas adversárias. Mas eu sabia que é uma competição dura, é uma Olimpíada. E a medalha acaba sendo definida no detalhe."
O detalhe mencionado por Rafaela era relacionado ao golpe final que tentou na japonesa Haruka Funakubo, na disputa da medalha de bronze. Ela acabou caindo de cabeça no chão, foi punida com o Shido e perdeu a luta já que acumulava duas penas anteriores.
Mas Rafaela Silva reconheceu que desde a semifinal vinha enfrentando dificuldades por ter sentido uma lesão no joelho esquerdo. A judoca estava consciente de que seria difícil a luta contra a campeã mundial Mimi Huh, mas a lesão ainda prejudicou seu principal golpe.
Eu sabia que eu encontraria ela em uma possível semifinal aqui na competição, pelo chaveamento. Era uma atleta bem difícil. Eu tenho uma dificuldade de lutar com essa atleta da Coreia", disse ela.
"E logo na primeira entrada ali, que eu desequilibrei e caí no chão, eu tentei avisar a treinadora, eu senti meu joelho. E não consegui mais fazer nada", completou chorando.
Admitiu que continuar a sentir a lesão na luta seguinte, embora não quisesse usar como desculpas para a falta de medalha. Lamentou que, em 2024, a sorte não andou para seu lado.
"Quando é um detalhe assim, eu não sei o que é mais difícil. Você chegar, tomar um ipom e não ter condições de avaliar uma luta ou perder da maneira que foi", lamentou.
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