Sete acidentes em Teahupo'o: o mar dos 'crânios quebrados' das Olimpíadas

O surfe dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 está sendo disputado a mais de 15 mil quilômetros da capital francesa. Palco do torneio, a praia de Teahupo'o, no Taiti, é conhecida por suas ondas extremamente desafiadoras — e também pelos acidentes que já aconteceram por lá.

Relembre alguns deles:

Tom Lowe

Em maio do ano passado, o surfista Tom Lowe estava surfando em Teahupo'o quando caiu em uma onda que tinha pelo menos 7,6 m de altura. Segundo a BBC, ele disse que bateu "fortemente" no recife e sofreu hemorragia interna, fratura na escápula e teve seis costelas quebradas.

Teahupo'o é espesso, pesado e bonito ao mesmo tempo.
Tom Lowe à BBC

Filipe Toledo

Vítima da primeira grande "zebra" do surfe nos Jogos Olímpicos, Filipe Toledo caiu durante um treino em Teahupo'o em 2018 e arranhou as costas no coral. O surfista brasileiro publicou imagens das feridas causadas pelo acidente — e também do tratamento a base de limão feito pelo também surfista Mathai Drollet.

Niccolo Porcella

A imagem da queda do surfista italiano Niccolo Porcella é uma das mais marcantes de Teahupo'o. Em 2015, ele entrou na onda com ajuda de um jet ski, se desequilibrou e foi arremessado contra os corais afiados. No ano seguinte, o acidente rendeu ao atleta o prêmio de pior queda do ano pela WSL.

Pedro Scooby

No Taiti em busca de ondas gigantes em 2013, Pedro Scooby sofreu um acidente e deixou o mar com a perna sangrando. "Ondas grandes sempre têm grande risco! Graças a Deus foi pequeno perto do que poderia ter acontecido!", escreveu o surfista na época.

Keala Kennelly

A havaiana Keala Kennelly caiu nas ondas de Teahupo'o em 2011. A surfista bateu com o rosto nos corais e precisou levar 40 pontos na face.

Maya Gabeira

No mesmo ano do acidente de Kennelly, Maya Gabeira também viveu um pesadelo na praia do Taiti. A brasileira sofreu uma queda, tomou cinco ondas na cabeça e ficou presa na zona de arrebentação. Ela foi resgatada desacordada do mar pelo também surfista de ondas grandes Laird Hamilton.

Briece Taerea

Até hoje, cinco mortes já foram registradas por lá, sendo a de Briece Taerea, um surfista local, a mais lembrada delas. Uma semana antes da etapa do Mundial de 2000, ele foi engolido por uma onda de quase cinco metros e faleceu após quebrar o pescoço e as costas.

*Com reportagem publicada em 11/08/2022