Acusação de Coco, drama de Murray... tênis tem dia intenso em Paris

Com choro, acusação, drama de campeão olímpico e vitórias de favoritos, a terça-feira (30) do tênis nos Jogos Olímpicos foi bastante intensa e movimentada. As chaves masculina e feminina avançaram para as oitavas de final e as duplas começam a se aproximar da disputa de medalhas, com as quartas quase montadas.

O que aconteceu

Caso de Coco Gauff: pela manhã, a norte-americana número 2 do mundo se envolveu em uma das maiores polêmicas de Paris 2024 até aqui. Gauff acertou um saque e a devolução de Vekic caiu perto da linha de base. Um juiz de linha inicialmente marcou bola fora, e a americana parou o ponto.

O árbitro de cadeira, Jaume Campistol, considerou dentro e deu o ponto para a croata, que quebrou serviço da rival e abriu uma vantagem de 4 a 2 no segundo set. Gauff foi conversar com o árbitro e o jogo ficou parado por vários minutos. "Eu nunca discuto essas decisões, mas eu gritei (para parar o ponto) antes de acertar a bola", disse a tenista americana a Campistol, alegando que sua rebatida errada foi influenciada pela chamada.

A reclamação não adiantou. Então, a norte-americana perdeu a concentração, o jogo, caiu no choro e depois disse em entrevistas que tinha a sensação de ter sido roubada em Roland Garros e que isso sempre acontecia com ela, citando uma derrota para Iga Swiatek. Será uma conspiração?

Drama com final feliz de Andy Murray: o britânico vai vivendo uma daquelas históricas olímpicas especiais. Com duas medalhas de ouro no currículo, Murray já anunciou que as Olimpíadas serão sua despedida definitiva do tênis. Nas duas primeiras rodadas, venceu no super tie-break ao lado de Dan Evans.

Nesta terça, porém, os belgas Gille e Vliegen e tiveram dois match points e não conseguiram fechar, em pontos dramáticos. Melhor para os britânicos, que vibraram muito com o triunfo na quadra de saibro do complexo do Grand Slam francês. Agora, eles vão jogar as quartas contra um dupla norte-americana ou holandesa, que se enfrentam nesta quarta-feira. Com mais uma vitória, já estarão perto do pódio. Seria uma despedida perfeita para Murray, de 37 anos.

Campeão olímpico segue firme: Alexander Zverev, que ganhou o torneio olímpio em Tóquio 2020, venceu mais uma em simples e se mantém na briga pelo bicampeonato, marca que apenas Murray detém. Ele passou pelo tcheco Tomas Machac por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 7/5. Já o russo Daniil Medvedev, outro favorito, atropelou o austríaco Sebastian Ofner com duplo 6/2. Ele compete sem bandeira por conta da guerra de seu país contra a Ucrânia.

Número 1 do mundo feminina avança: sem sustos, a polonesa Iga Swiatek venceu a chinesa Xiyu Wang e caminha sem sustos para buscar sua primeira medalha. Sem Gauff e com as ausências de Sabalenka e Rybakina, que desistiram dos Jogos Olímpicos, a polonesa de 23 anos é a grande favorita para o ouro. Principalmente porque o torneio em Paris é disputado no saibro, seu piso favorito.

Alcaraz/Nadal empolgam: mais uma lenda que está perto da aposentadoria segue com chances de medalha na competição. Afinal, Nadal venceu mais uma ao lado de Carlos Alcaraz e pode encontrar Murray em uma eventual final. Desta vez, os espanhóis superaram uma parceria holandesa com dificuldades: 6/4, 6/7 e 10/2. Foi um dos grandes jogos das Olimpíadas até aqui.

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Derrotas do Brasil: o dia não foi bom para o tênis brasileiro, que se despediu nas duplas masculinas e na dupla mista. Monteiro/Wild haviam avançado na primeira rodada, mas não resistiram aos norte-americanos Krajicek/Ram, especialistas na modalidade, em dois tie-breaks. Logo depois, Wild voltou para a quadra e, novamente no detalhe, caiu em Paris para uma dupla chinesa, ao lado de Luísa Stefani.

O Brasil, no entanto, mantém viva as chances de medalha nas duplas feminina, com Bia e Stefani. Elas jogam pelas oitavas de final nesta quarta-feira (31), contra as britânicas Boulter e Watson. Vale lembrar que Luísa Stefani já tem uma medalha de bronze, conquistada ao lado de Laura Pigossi, em Tóquio.

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