Como funciona VAR e nova regra do judô que decidiram luta de Rafaela Silva
Campeã olímpica, a judoca Rafaela Silva estava com luta empatada com a japonesa Haruka Funakubo na disputa para a medalha de bronze. A atleta tentou um golpe que não teve sucesso. Uma revisão do VAR do lance determinou a desqualificação dela e decidiu a medalha de bronze em favor de Funakubo.
Como funciona a regra que gerou essa decisão? E como o VAR atua no judô?
Ambas as atletas estava com dois shidos, isto é, punições. Quem tomasse o terceiro perderia. Mas o golpe de Rafaela foi revisado por foi considerado um mergulho de cabeça, que tocou o solo.
Uma regra criada pela Federação Internacional de Judô em 2023 determinou que quem usar a cabeça no solo no chão porque seria penalizado com hansoukúu-make. Ou seja, seria eliminado. É costume a revisão de regras para os Jogos Olímpicos no judô.
"Essa regra é uma regra para, de fato, proteger os atletas. Eles falam quando tem um apoio de cabeça, correndo o risco de machucar a cervical ou algo do tipo. Então, é mais uma proteção", disse Rafaela Silva.
"Eu preciso avaliar, porque eu não consegui ali assistir. Eu não senti que eu encostei a cabeça. Mas é a regra, a gente tem que aprender a lidar. E, infelizmente, não foi ao meu favor hoje."
A decisão foi tomada depois de uma revisão de VAR. No judô, o árbitro de vídeo funciona como auxiliar direto do juiz principal. Quando o árbitro principal toma uma decisão, os dois que estão no vídeo podem revisar imediatamente, como aconteceu no caso de Daniel Cargnin. Seria dado um ippon para ele e foi revertido para um golpe do rival.
No caso de Rafaela Silva, o árbitro fez um sinal de que haveria VAR. Mas quem faz a revisão são os juízes na mesa. A imagem de Rafaela Silva foi mostrada com o toque da cabeça no chão. Então, o árbitro fez um sinal de mergulho para explicar a desqualificação.
A coreana fugiu?
Outra decisão da arbitragem que chamou a atenção foi na luta da semifinal com a coreana Mimi Huh. Rafaela tomou duas punições por falta de combatividade. A coreana, no entanto, virou de costas para a brasileira e deu uma corrida na direção oposta no tatame. Isso poderia ser considerado evitar combate e ser punido com sido.
Mas Mimi Huh depois acertou um Waza-ri em Rafaela, então, uma punição a coreana não teria tido efeito.
Para Rafaela, que não reclamou diretamente da arbitragem, foi um detalhe. Um detalhe que ajudou a impedir sua segunda medalha.
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