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Cravar não garante notão: o que conta para somar pontos na ginástica?

Giovanna Arruda

Colaboração para o UOL

30/07/2024 12h32Atualizada em 01/08/2024 16h29

Ginastas se apresentam nesta quinta-feira (1º), na final individual geral das Olimpíadas. E algumas notas dadas às atletas têm chamado a atenção. Nas redes sociais, pessoas questionam por que mesmo sem cravar o salto a norte-americana Simone Biles ganhou uma nota melhor do que a da brasileira Rebeca Andrade. Entenda as notas na ginástica.

Entenda as notas na ginástica artística

Dois principais fatores compõe a nota final. Até a edição dos Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas, na Grécia, a pontuação máxima que um ginasta poderia alcançar era 10. A romena Nadia Comaneci foi a primeira atleta a atingir a nota máxima na edição de 1976, no Canadá. Após implantação de um novo código de pontuação realizado pela Federação Internacional em 2006, a avaliação foi dividida em duas partes: dificuldade e execução, sendo que o máximo de cada uma é 10 e a nota final é a soma dos dois fatores. Até hoje, nenhum atleta conseguiu atingir a nota 20 (10 de dificuldade + 10 de execução).

Dificuldade. Segundo o portal oficial dos Jogos Olímpicos Paris 2024, a nota de dificuldade é composta pelo conteúdo técnico da série apresentada, sendo que cada elemento tem uma pontuação pré-estabelecida no código. Os árbitros responsáveis pela avaliação anotam os movimentos realizados e somam o valor final.

Exercícios obrigatórios e não obrigatórios são avaliados. Os árbitros também conferem se o ginasta executou os exercícios obrigatórios de cada aparelho. A correta apresentação rende até 2,5 pontos. Os elementos não obrigatórios também compõe a nota final de dificuldade. No feminino, são selecionadas as oito acrobacias mais difíceis na série apresentada; enquanto no masculino são escolhidas as dez com nível de dificuldade mais alto.

Nota de dificuldade parte do 0. Saindo do zero, o atleta vai somando pontos conforme realiza os movimentos da maneira correta.

Execução. Para definir a nota desse quesito, os árbitros analisam se a realização dos movimentos condiz com os requisitos de execução descritos no código de pontuação.

Nota de execução parte do 10. Todos os atletas iniciam com 10 e vão perdendo pontos conforme cometam erros de execução na apresentação. Um exemplo de erro que pode causar penalização na nota de execução é pisar fora da linha demarcada no salto ou no solo.

Ginastas não podem contestar a nota de execução. Somente a nota de dificuldade pode ser contestada pelos ginastas. Caso a equipe entenda que a série valia uma nota maior, pode entrar com pedido de reavaliação.

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