Repertório novo, mesma vibe: DJ Stari homenageia Rosamaria nas Olimpíadas

Ele está em sua quinta edição das Olimpíadas e se tornou famoso no vôlei. DJ Stari é o responsável por colocar as músicas entre cada ponto, animar a torcida nos intervalos e comandar a festa no ginásio. "Eu comecei em Atenas-2004, mas inicialmente no vôlei de praia", conta.

Depois foi para Pequim-2008, na mesma modalidade, e a partir dos Jogos do Rio, em 2016, a Federação Internacional de Voleibol pediu para ele levar suas pick-ups para a quadra. "Aquela edição no Maracanãzinho foi incrível. Já em Tóquio foi diferente, sem público, como todos sabemos. E agora estou feliz por estar aqui em Paris", diz.

O austríaco de Viena faz uma pesquisa musical profunda e muitas vezes coloca músicas que têm a ver com atletas que estão jogando. Quando Leal vai para o saque, ele coloca a música "Leal", de Djonga. Se Gabi faz um ponto, ele toca "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi.

"Eu tenho muitos amigos brasileiros. Eles estão em minhas redes sociais e sempre indicam e pedem músicas. Recentemente fui para o Rio, na Liga das Nações, então acabei me atualizando com muitas músicas", explica.

E a partir daí surgem as homenagens. Tanto que os jogadores e os torcedores aprovam. "Muitas vezes, essas ideias vêm também dos fãs. Então eu ouço e se achar que é uma boa ideia, eu implemento", diz.

Um dos pedidos da galera era para ele incluir a música "Rosa Que Linda Eres", que teve um trecho usada por Pablo Vittar. A estreia foi no primeiro jogo da seleção feminina do Brasil em Paris. "É o grande hit no momento. É uma remake de Pabllo Vittar e alguns colaboradores."

"Claro, quando a Rosamaria faz um ponto, Rosa Que Linda Eres é uma música perfeita. E, por acaso, esta é a música mais pedida pelos fãs brasileiros. Então, eu recebi centenas e milhares de comentários e mensagens falando 'Por favor, toque esta música para a Rosamaria'. E acabei fazendo isso", revela.

Stari não gosta de revelar sua idade, mas é cumprimentado por diversos atletas quando está no ambiente do vôlei. Muita gente acha que ele só faz esse trabalho de ligar a música a algum brasileiro, mas ele faz isso com todas as seleções. Tem até música para atleta da Itália, que enfrentou o Brasil no sábado.

"Também toquei muita música italiana. Por exemplo, este cara aqui. Seu nome é Gianluca Galassi e tem uma música para ele", disse, apontando para o jogador que passava na zona mista e veio abraçá-lo. "Talvez alguns fãs brasileiros achem que eu só faço isso para o Brasil, mas eu também tenho muita música para outras seleções", comenta.

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E é nessa toada que ele vai animando o ginásio e promovendo a festa no voleibol. "Há 10 anos quiseram mudar isso e criar essa atmosfera alegre. Estamos conseguindo", avisa o DJ, que diz que tocar em eventos esportivos é muito mais complicado que em festas e eventos. "Precisa tocar algo a cada 10 segundos e parar rapidamente antes do saque".

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