Inspiração para o rio Tietê? Veja quanto Paris gastou para 'limpar' o Sena
Palco da maratona aquática e provas do triatlo, o rio Sena passou por processo de limpeza que custou bilhões aos cofres da França.
Apesar dos procedimentos para tornar as águas do rio próprias para as disputas olímpicas, o local não apresentou condições favoráveis nos primeiros dias das Olimpíadas de 2024, e as provas foram adiadas.
O que aconteceu
O governo local investiu cerca de 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,3 bilhões) para promover a despoluição do rio Sena. A cidade possui um sistema de tratamento de esgoto que, em tese, lança águas tratadas no rio parisiense. No entanto, em caso de fortes chuvas, o sistema não comporta a demanda, e o esgoto acaba sendo lançado diretamente no local.
Uma das obras foi a construção de uma enorme "catedral" subterrânea para receber as águas excessivas das chuvas e, assim, garantir que o sistema de tratamento de esgoto francês funcione. Apesar disso, caso o índice de chuvas seja muito alto, o rio pode receber águas não tratadas.
Alguns meses antes do início das Olimpíadas, o rio apresentava condições favoráveis para a prática esportiva, tanto que a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, mergulhou para provar que o local estava pronto para os Jogos Olímpicos. Porém, com as fortes chuvas que aconteceram no dia da abertura e no dia seguinte, o rio Sena apresentou uma piora na qualidade de suas águas.
Marcadas para esta terça-feira (30), as provas do triatlo foram adiadas para quarta (31). Caso o rio siga sem condições para a prática esportiva, existe a chance do triatlo não ter a disputa da natação e ser apenas um "duatlo".
O rio Sena é considerado impróprio para banho desde 1923. A despoluição era uma das principais promessas de Paris para a realização dos Jogos, e a manutenção do rio limpo, com pelo menos três locais liberados para banho, um dos maiores legados.
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