Brasil leva virada dramática da favorita Polônia e se complica no vôlei

O Brasil começou se impondo, mas não resistiu e levou a virada da Polônia na segunda rodada do Grupo B do vôlei de quadra masculino das Olimpíadas de Paris.

O que aconteceu

Os poloneses venceram os brasileiros no tie-break por 3 sets a 2 (parciais de 22 a 25, 25 a 19, 19 a 25, 25 a 23 e 15 a 12). A Polônia é a 1ª colocada do ranking internacional, seis posições acima do Brasil, e veio de vitória fácil sobre o Egito.

O Brasil cresceu no começo, mas depois perdeu fôlego e teve uma derrota amarga. Os brasileiros tiveram momentos de oscilação e não conseguiram frear os adversários. Leon foi gigante e fez 26 pontos, sendo de longe o maior pontuador da partida. Lucarelli e Adriano fizeram 18 pontos cada um.

Os comandados por Bernardinho seguem sem vitória em Paris. Os italianos lideram a chave, com duas vitórias, empatados com os poloneses. A seleção masculina busca a sua quarta medalha ouro, conquistada pela última vez na Rio-2016 — em Tóquio, caiu na semi.

O Brasil volta à quadra para decidir seu futuro na sexta (2), contra o Egito, pelo terceiro e último compromisso da fase de grupos. As duas primeiras equipes da chave avançam direto para as quartas, e os dois melhores terceiros colocados também se classificam. O Brasil precisa vencer e, caso aplique 3 a 0, não dependerá dos resultados dos outros grupos para conquistar a vaga no mata-mata via terceiro lugar — tem vantagem de um set sobre a Sérvia.

Polônia segue sendo algoz brasileiro. A equipe rival foi responsável por eliminar os brasileiros nas últimas duas edições da Liga das Nações, além da vitória no Mundial de 2022. Com o resultado, foi para 15 vitórias no duelo, contra 11 do Brasil.

Como foi o jogo

Kochanowski, da Polônia, comemora durante jogo contra o Brasil, no vôlei masculino das Olimpíadas de Paris
Kochanowski, da Polônia, comemora durante jogo contra o Brasil, no vôlei masculino das Olimpíadas de Paris Imagem: Natalia Kolesnikova/AFP

O Brasil começou o primeiro set avassalador, teve um apagão e levou a virada, mas conseguiu se reerguer. A seleção logo assumiu a frente no placar e abriu três pontos, chegando a 10 a 7. O saque entrou, a equipe conseguiu bloquear os poloneses e forçou erros. Aumentou para a vantagem para seis com direito a salvada heroica de Bruninho, indo a 19 a 13. A Polônia, no entanto, deu início a uma reação. Bernardinho pediu tempo técnico, mas os rivais seguiram embalados, empataram por 21 a 21 e até viraram. Só que os brasileiros acordaram e decidiram o set no final, com Leal, Lucarelli e Darlan inspirados.

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A Polônia reagiu, dominou o segundo set e deixou tudo igual. Eles abriram 4 a 0 e decolaram, forçando logo cedo um tempo técnico de Bernardinho. O Brasil sofrendo com o saque de Bieniek e com o central Kochanowski. Lucarelli até embalou uma reação brasileira, aproximando o placar para 9 a 8 e forçando uma pausa para o adversário respirar. Porém, a paralisação surtiu efeito. A Polônia voltou a abrir distância, os brasileiros pecaram no contra-ataque e foram superados. Leon, sozinho, colocou o set no bolso e fez nove pontos.

O Brasil se reergueu no terceiro, em set mais equilibrado até o Brasil deslanchar. O placar se manteve apertado, disputado ponto a ponto, até os brasileiros abrirem 16 a 12. Os adversários até se aproximaram, mas não foi o suficiente. A vantagem aumentou, ficou 21 a 16 e os brasileiros aumentaram o moral com pontaço de Adriano após recepção de peito de Darlan. Junto de Cachopa, Adriano se firmou em quadra depois de começar o jogo na reserva, e Lucão cresceu. O Brasil ainda fechou o set com ponto "de graça" em erro de saque adversário.

O Brasil começou a quarta parcial da mesma forma, pontuando, mas perdeu em outro set parelho. As duas seleções se alternaram na frente e mantiveram a igualdade até o 17 a 17. Porém, os brasileiros oscilaram, perderam ímpeto e não resistiram. Lucão caiu após pisar no pé de Lucarelli, sentiu o tornozelo e preocupou. Bernardinho pediu tempo técnico para tentar salvar quando estava 23 a 20 para os adversários. O Brasil segurou dois set points, mas cometeu erro no saque e perdeu.

O tie-break não sorriu aos brasileiros. Os poloneses retornaram melhores, com Huber surpreendendo nos saques, e abriram vantagem. Quando tudo parecia perdido, com quatro bolas atrás, o Brasil reagiu. Empatou por 12 a 12 e fez a torcida sonhar, mas a Polônia voltou a pontuar, teve match point e confirmou a vitória com León gigantesco, forçando dois saques em Thales.

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