Hidalgo fica perto de medalha e tem melhor resultado do Brasil no triatlo
Miguel Hidalgo conquistou a melhor posição da história do Brasil no triatlo nas Olimpíadas de Paris.
O que aconteceu
O triatleta de 24 anos terminou a prova em décimo. Um dos mais jovens na competição, ele completou o percurso em 1h44min27s, menos de um minutos atrás do francês Leo Bergere (1h43min43s), que ficou com o bronze. O ouro foi do britânico Alex Yee, com 1h43min33s.
A melhor campanha brasileira no triatlo até então era o 11º lugar de Sandra Soldan em Sidney-2000, na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos. Na época, ele tinha poucos meses de vida.
Outro brasileiro na disputa, Manoel Messias ficou em 45º. O atleta de 27 anos ficou longe do pelotão e fez em 1h51min00'.
Hidalgo não era um dos favoritos, mas se classificou em nono para Paris, como o melhor atleta das Américas. Brigou pelo bronze durante a etapa final. Ele conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023.
O resultado rendeu a ele um lugar na história do esporte brasileiro, mas não o deixou satisfeito. Decepcionado com o décimo lugar em sua estreia olímpica, ele destacou que compete para vencer e que, já que não conseguiu em Paris, terá de ser em Los Angeles.
Mal tinha nascido [no melhor resultado até então], mas sou um cara que corro para ganhar prova. No final eu sabia que estava lutando pelo top 10, mas para mim... Sei lá, eu corro para ganhar, estou decepcionado com meu resultado.
Fiz tudo o que eu pude na minha preparação, fiquei orgulhoso da minha performance. Pensava antes da prova que independentemente de ganhar ou não, queria terminar no meu máximo, ver quão longe estou. Foi suficiente para ser 10, tirei tudo do meu corpo hoje, não dava para diminuir 1s. Vou ganhar um dia, mas vai ter que ser daqui a quatro anos. Miguel Hidalgo, ao Sportv
Como foi a prova
O triatlo ocorreu completo após dúvida sobre a natação pela situação do rio Sena. Era para a prova ter sido realizada na última segunda (30), mas ela foi adiada devido à sujeira no rio. Choveu forte na última noite, mas não deu tempo de a sujeira ser levada para a altura do rio, e a natação foi liberada. As ruas ficaram molhadas para a prova feminina, o que causou muitos tombos, mas a masculina ocorreu sem intercorrências.
Hidalgo conseguiu sair da natação não muito distante dos líderes, estando em 23º. Hidalgo começou no triatlo como um atleta da natação, mas acabou se destacando no atletismo, que virou seu principal ponto forte. Ele chegou no final da natação com fôlego pra seguir bem.
No ciclismo, embaixo de forte sol, os atletas da frente optaram por ficar no mesmo pelotão. Ninguém tentou uma fuga e o grupo chegou para a corrida com cerca de 30 triatletas no páreo, incluindo Hidalgo.
No fim da primeira volta da corrida, o brasileiro estava no grupo perseguidor, que vinha atrás dos dois primeiros colocados. Ele estava em nono, próximo dos demais, brigando pelo bronze. No fim da 2 volta, melhorou para a sexta colocação, a cerca de 15m de distância para quem estava ficando com o bronze. Chegou a ficar em quinto, mas caiu posições no fim e terminou em décimo.
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