Calderano dá show, vence e fica a uma vitória de medalha no tênis de mesa

Hugo Calderano já está onde nenhum brasileiro havia chegado: nesta quinta-feira (1), em Paris, ele superou o sul-coreano Woojin Jang por 4 a 0 (11-4, 11-7, 11-5 e 11-6) e chegou às semifinais da chave de simples masculina do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos de Paris.

Na semifinal, Calderano enfrentará o sueco Truls Moregard — que eliminou o líder do ranking, Chuqin Wang. As semifinais serão disputadas nesta sexta (02), às 09h30 da manhã (horário de Brasília).

O resultado conquistado por Calderano já é o melhor de um brasileiro no esporte em Olimpíadas. Em Tóquio, há três anos, Hugo parou justamente nas quartas de final, após sofrer uma virada contra o alemão Dimitrij Ovtcharov, depois de estar vencendo por 2 a 0.

No jogo mais importante de sua vida, Calderano deu show e empolgou a torcida na Arena Paris Sul 4. Se na quarta-feira ele teve torcida contra ao enfrentar o francês Alexis Lebrun, nesta quinta o cenário era outro: chineses, japoneses, taiwaneses e até coreanos aplaudiam o carioca de 28 anos.

O jogo que colocou um brasileiro entre os quatro melhores do mundo começou com um Calderano avassalador, abrindo 5 a 1 no primeiro game. Jogando de forma agressiva, o brasileiro se impôs e não deu chances para o adversário entrar no jogo. Dominante em toda a parcial, ele fechou em 11 a 4

O sul-coreano começou a segunda parcial jogando de forma mais agressiva, mas logo no primeiro ponto levou um contra-ataque incrível, em que a bola bateu em seu peito. O game seguiu equilibrado, até que Calderano fez 6 a 3.

Sabendo que teria de arriscar para seguir vivo na parcial, Jang passou a arriscar ainda mais e deu certo: ele tomou a iniciativa e empatou o game em 7 a 7. Só que, nos pontos decisivos, Calderano brilhou, fechando em 11 a 7.

Hugo Calderano enfrenta Won Jin Kim nas quartas de final do tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris 2024
Hugo Calderano enfrenta Won Jin Kim nas quartas de final do tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris 2024 Imagem: Lars Baron/Getty Images

Veio, então, o temido terceiro game. Temido porque, há três anos, em Tóquio, Calderano também vencia por 2 a 0 nas quartas de final. Era preciso reescrever a própria história. Foi aí que o brasileiro brilhou e pontuou de todas as formas possíveis: em ralis longos, curtos, defendendo, atacando, forçando erros do rival. O game terminou com 11-5.

Continua após a publicidade

Só faltava um.

O quarto game poderia ser decisivo e começou equilibrado, com ambos trocando pontos até o 4 a 4. Então, mais uma vez, Calderano deu um passo à frente. Com uma mistura quase perfeita entre tranquilidade e precisão, fechou em 11-6.

Deixe seu comentário

Só para assinantes