O 'truque' dos EUA para liderar quadro de medalhas estando na 4ª posição
Colaboração para o UOL
01/08/2024 16h22
A imprensa dos Estados Unidos mudou o critério de contagem de medalhas nas Olimpíadas, priorizando o total de medalhas em vez do número de ouros, para posicionar o país à frente da China no quadro de medalhas.
O que aconteceu
Nas Olimpíadas, o COI (Comitê Olímpico Internacional) organiza os países segundo a quantidade de medalhas de ouro que cada um ganha. Isso significa que quem tem mais ouros fica em primeiro lugar. Normalmente, a China lidera, já que consegue muitos ouros.
Porém, a mídia dos Estados Unidos decidiu fazer diferente: eles contam todas as medalhas (ouro, prata e bronze) e não só as de ouro. Essa mudança ajuda a mostrar os Estados Unidos na frente, mesmo quando têm menos ouros que a China.
Por exemplo, enquanto a China, até as 16h de hoje, tem 11 ouros e está em primeiro lugar no ranking do COI, os Estados Unidos, com apenas 7 ouros, aparecem em quarto lugar. Mas, quando todas as medalhas são contadas, os Estados Unidos têm 34 no total, o que os coloca no topo.
Essa não é a primeira vez que os EUA fazem isso. Em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, eles também usaram o total de medalhas porque a China tinha mais ouros.
A Carta Olímpica do COI não permite oficialmente um ranking de medalhas, mas todos costumam fazer essa contagem. A NBC, que transmite as Olimpíadas nos EUA, mostra o país em primeiro lugar quando somam todas as medalhas, não apenas os ouros.
Se outros países adotassem o mesmo critério, isso mudaria bastante as posições. Por exemplo, a Grã-Bretanha, que está em sexto lugar pelos ouros, subiria para o quarto lugar pelo total de medalhas. No entanto, a maioria dos veículos de imprensa internacionais, como The Guardian e BBC, continuam a usar o critério do COI.