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Pombas queimadas na pira, padre na pista: as piores gafes das Olimpíadas

Pombas acabaram morrendo quando a pira olímpica foi acesa em Seul Imagem: Getty Images

Giovanna Arruda

Colaboração para o UOL

01/08/2024 05h30

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começaram há menos de uma semana, mas já colecionam polêmicas e gafes. Ao longo da história, as Olimpíadas tiveram momentos inusitados que ficaram eternizados.

Gafes em Paris

Bandeira olímpica de cabeça para baixo

Bandeira olímpica de cabeça pra baixo Imagem: Reprodução/YouTube

Na cerimônia de abertura de Paris 2024, a famosa bandeira com os anéis olímpicos foi hasteada de cabeça pra baixo. A imagem rendeu memes e o erro daria início a outras gafes que aconteceriam nos Jogos.

Coreias trocadas

Delegação da Coreia do Sul na cerimônia de abertura das Olimpíadas 2024 Imagem: Richard Pelham/Getty Images

A cerimônia de abertura dos jogos em Paris teve uma enorme gafe diplomática. Os locutores responsáveis pela narração do evento apresentaram a delegação da Coreia do Sul como República Democrática da Coreia, o nome oficial da rival Coreia do Norte.

O equívoco motivou fortes críticas e manifestações de diferentes autoridades sul-coreanas. O vice-ministro do esporte Jang Mi-ran solicitou uma reunião com Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) para discutir o acontecido, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul declarou que havia entrado em contato com a embaixada francesa em Seul.

Em sua conta no X, o COI se desculpou pelo ocorrido e classificou o erro como "profundamente lamentável". As duas nações seguem em conflito desde o início da década de 1950, quando se separaram em dois territórios após a Guerra da Coreia.

Sudões trocados

Assim como a Coreia do Sul, o Sudão do Sul foi vítima de erro da organização dos Jogos. A gafe aconteceu na estreia do time masculino de basquete contra a seleção de Porto Rico. No momento de tocar os respectivos hinos, o hino do Sudão foi apresentado. O erro gerou vaias e um silêncio constrangedor até que o hino correto fosse tocado.

O Sudão do Sul conseguiu sua independência do Sudão somente em 2011, depois de anos de guerra civil.

Bandeira da China ou Argentina?

Assim como a troca de hinos, diversos atletas já foram apresentados com a bandeira errada. A nadadora argentina Macarena Ceballos viu a bandeira da China ser reproduzida enquanto se encaminhava para a piscina na etapa classificatória dos 100 metros nado peito.

Na ocasião, Macarena parou por alguns instantes olhando para a bandeira e seguiu o caminho com um semblante constrangido. Após repetir a bandeira da China para a atleta seguinte —que não era chinesa— a organização parou de ilustrar as bandeiras no telão até que o problema fosse corrigido.

Intervalo de 2 horas em jogo de futebol

Invasão de campo no jogo entre Argentina e Marrocos pelas Olimpíadas de Paris 2024 Imagem: Tullio M. Puglia/Getty Images

A estreia das seleções da Argentina e do Marrocos rendeu outra gafe olímpica: após um gol argentino no último minuto dos 16 da prorrogação, torcedores marroquinos invadiram o campo provocando a saída dos adversários e forçando a interrupção da partida.

Depois de duas horas de pausa, os atletas voltaram ao campo e o VAR declarou que o gol foi anulado por impedimento. No final, o Marrocos venceu por 2x1.

Poluição do Rio Sena

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, nada no Sena para demonstrar que o rio está limpo o suficiente para sediar os eventos aquáticos nas Olimpíadas Imagem: Joel Saget/AFP

As condições da água do Rio Sena têm sido motivo de críticas pelos atletas em Paris. A organização dos Jogos chegou a adiar treinos e provas de triatlo devido à poluição do rio, provocando questionamentos sobre o real preparo da cidade.

De acordo com os responsáveis pela decisão, a poluição do Sena estava acima dos limites considerados aceitáveis para que os triatletas pudessem realizar a etapa de natação.

A limpeza do Rio Sena era uma das principais promessas do governo francês durante a preparação de Paris para os Jogos. Dias antes do início das Olimpíadas, a prefeita da cidade Anne Hidalgo mergulhou no rio para comprovar a limpeza das águas.

Gafes históricas

Pombas queimadas na pira

Momento em que as pombas acabam queimadas na pira Imagem: Reprodução/YouTube

A abertura dos Jogos Olímpicos de Seul, Coreia do Sul, em 1988 rendeu uma das maiores gafes da história olímpica: ao transferir o fogo da tocha para a pira, as chamas queimaram pombas brancas que haviam sido soltas como sinal de paz e pousado na borda da pira. "Pombas vivas foram soltas em cada edição dos Jogos até aqueles realizados em Seul em 1988, quando várias do bando foram atraídas para a pira olímpica e infelizmente pereceram", explicou o COI, em seu site oficial.

Falha na segurança custou medalha de ouro na maratona

Vanderlei Cordeiro de Lima foi agarrado durante maratona em 2004. A gafe na organização dos Jogos permitiu que um espectador invadisse a prova Imagem: AFP

O brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima foi atacado durante a maratona nas Olimpíadas de 2004 em Atenas, na Grécia. O atleta estava liderando a prova quando Cornelius Horan, um ex-padre irlandês, invadiu a pista e o agarrou.

Vanderlei voltou à prova, mas acabou em terceiro lugar. Devido ao problema, a organização dos Jogos Olímpicos presentou o brasileiro com a medalha Pierre de Coubertin, a única formada de ouro maciço e a mais alta honraria concedida pelo COI.

Troca envolvendo as Coreias aconteceu também em 2012

Nos Jogos Olímpicos em Londres, a bandeira da Coreia do Sul foi apresentada junto do time da Coreia do Norte em partida do futebol feminino contra a Colômbia.

Na ocasião, as jogadoras norte-coreanas se recusaram a entrar em campo até que a organização pedisse desculpas oficialmente.

Medalhas depois de mais de uma década

O resultado positivo para doping de adversários já renderam medalhas para atletas brasileiros. A gafe, porém, aconteceu na demora: foram 11 anos para que o COI se retratasse com os atletas dos 4x100 rasos do atletismo.

Jogos Olímpicos em meio ao nazismo

Pódio do salto em distância em 1936 tem Jesse Owens no lugar mais alto. O norte-americano levou quatro ouros nos jogos realizados na Alemanha nazista Imagem: Bettmann/Colaborador/Getty

A decisão de levar as Olimpíadas para a Alemanha em 1936 pode ser considerada a falta mais grave da história. Na época, o país anfitrião era comandado pelo regime nazista de Adolf Hitler.

Tentativas de boicote não surtiram efeito e a cidade de Berlim recebeu o evento. O atleta negro Jesse Owens se tornou símbolo de resistência e se eternizou ao ganhar quatro medalhas de ouro sob os olhos de Hitler.

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