Prata é última prova de Rebeca no individual geral: 'Paro no auge'

Rebeca Andrade anunciou nesta quinta-feira (1º) que a final olímpica foi sua última competição no individual geral, caso ela não mude de ideia no futuro. A brasileira para no auge, pressionando a americana Simone Biles, a melhor do mundo, como nunca havia acontecido.

"O individual geral, exige muito do meu corpo, principalmente dos membros inferiores. Eu já trabalhei isso na minha cabeça e queria muito que hoje fosse uma competição especial para mim. E foi. Porque, para mim, vai ser o meu último individual geral", afirmou em entrevista coletiva, ressalvando que "o futuro a Deus pertence".

"Vai que, do nada, dá um 'tchan' na minha cabeça, e, do nada, meu corpo melhora. Eu não sei."

Caso essa melhora inesperada não ocorra, Rebeca se despede da prova que a consagrou como a segunda ginasta mais completa do mundo. A prova deste domingo em Paris foi sua maior pontuação na carreira (57,932), forçando Biles como nunca.

"Eu não quero mais competir com a Rebeca. Estou cansada. Tipo, ela está muito perto. Nunca tive uma atleta tão próxima", disse a norte-americana, em tom de exaltação à brasileira, durante concorrida entrevista coletiva para veículos dos Estados Unidos.

Rebeca respondeu, depois, que não se sente da mesma forma, não está cansada de competir com Biles, está só cansada na totalidade. Depois de três cirurgias de LCA (ligamento cruzado anterior) no mesmo joelho, e mais duas nos pés, precisa agora preservar o corpo.

Na última competição de individual geral na vida, chegou, mais uma vez, ao auge. "Eu acho que todos os últimos anos foram meu auge, desde Tóquio, cada vez mais fui melhorando. Como hoje foi meu último individual, hoje foi meu auge", disse a brasileira.

Em Paris, Rebeca reduziu ainda mais a distância que a separa da melhor da história. Mais do que isso: mostrou evolução no ciclo olímpico. Após ficar atrás de Sunisa Lee em Tóquio por 0,135, desta vez colocou 1,467 sobre sua concorrente direta pelo posto de segunda melhor do mundo — Lee ficou com o bronze em Paris. Incontestável.

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