Final olímpica em Roland Garros coloca Djokovic e Alcaraz frente a frente
O tênis terá uma final com cara de decisão de Grand Slam neste domingo em Roland Garros: Novak Djokovic conseguiu passar pela semifinal de Jogos Olímpicos pela primeira vez e vai representar a Sérvia na final contra o espanhol Carlos Alcaraz que, aos 21 anos, faz sua primeira Olimpíada e já tem uma medalha garantida para a Espanha.
A final será disputada no domingo, a partir das 7h da manhã, pelo horário de Brasília.
"Foi um grande alívio", disse Djokovic. "Eu fiquei pensando nas semifinais que perdi, estava muito nervoso, mas nos últimos 5 games eu joguei um grande tênis e isso me dá confiança para a final. Aconteça o que acontecer no domingo, é um grande orgulho e honra e é por isso que eu comemorei daquele jeito. Mas claro que vou atrás do ouro".
Um encontro entre o número 2 e o número 3 do mundo tem tudo para ser o grande confronto olímpico do tênis em finais, comparável apenas à decisão do ouro de Londres-2012, quando o dono da casa, Andy Murray teve sua primeira grande vitória contra Roger Federer.
Nenhum dos dois teve caminho fácil até aqui no torneio. Djokovic sofreu principalmente nas quartas-de-final com fortes dores no joelho direito, que o tenista de 37 anos operou em junho. Na semifinal, contudo, ele garantiu que não sentiu dores, após fazer um tratamento para "deixar o joelho na melhor condição possível para jogar nas cerca de 24h entre um jogo e outro. E Alcaraz admitiu que teve altos e baixos durante uma semana em que jogou várias vezes (e várias vezes no início da tarde, sob muito calor).
No confronto da semifinal, contra o canadense Auger-Aliassime, ele fez 2 sets a 0, com três quebras já logo no primeiro set e duplo 6/1 em apenas 1h15 de jogo, voltando a se sentir bem depois de parecer mais cansado após as quartas.
"Foi muito intenso, muitas emoções com o individual e com as duplas, muitos momentos duros. Hoje estou bem, mas nos dias anteriores houve um momento de queda do ponto de vista físico e, quando isso acontece, você não curte tanto o momento. Mas temos claro qual a linha que temos que seguir e estamos em um momento muito bom", disse o espanhol em entrevista acompanhada pelo UOL.
Já Djokovic teve mais trabalho para passar pelo italiano Lorenzo Musetti, com o qual travou vários duelos mais longos no primeiro set. Mas ele começou a mudar a cara do jogo quando saiu de um 0-40 para vencer o décimo game do primeiro set.
Foi quando começaram os erros de Musetti, que acabaram custando caro no final. Djokovic conseguiu uma sequência de quebras no serviço do italiano, que tem feito boa temporada e é o número 16 do mundo, e fechou o segundo set em 6/2.
Assim, Djokovic quebra uma sequência de três derrotas em semifinais de torneios olímpicos. Ele foi medalha de bronze em Pequim-2008, e foi o quarto colocado em Londres-2012 e Tóquio-2020.
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