Fornecedora de material esportivo do Japão cria 'roupa antiassédio'

A fornecedora de material esportivo da equipe feminina de vôlei do Japão, a Mizuno, criou uma medida para tentar acabar com uma forma de assédio contra atletas durante as partidas.

O que aconteceu

A empresa produziu uniformes com proteção contra câmeras infravermelhas. O objetivo é impedir que os corpos das esportistas sejam expostos. Além do vôlei, outras modalidades contemplam a ação: tiro com arco, tênis de mesa e hóquei na grama são algumas, segundo informou o diário japonês Yomiuri Shimbun.

A roupa bloqueia a captação de detalhes das partes íntimas das atletas em fotos — especialmente em esportes como ginástica artística, atletismo e vôlei. Em alguns casos, há o uso câmeras infravermelhas, que permitem uma exposição maior da pele.

A tecnologia do uniforme conta com um fio especial que absorve os raios infravermelhos. A Mizuno estudou criar um protótipo de produto com proteção infravermelho para atletas do atletismo, que normalmente possuem o abdômen exposto.

No país, há um decreto que configura como "violência sexual" qualquer ato que consista em filmar ou tirar fotos de pessoas em centros esportivos para fins sexuais sem consentimento, estando elas vestidas ou não. A medida foi aprovada em março.

Espero que o uso sirva como uma oportunidade para aumentar a conscientização da sociedade como um todo para não tolerar filmagens não autorizadas Kazuya Tajima, membro da equipe de desenvolvimento da Mizuno, ao Yomiuri Shimbun

Algumas competições no Japão proíbem filmagem de espectadores por conta desse detalhe, como a Associação Japonesa de Ginástica Artística, de acordo com o jornal. Outras entidades esportivas, especialmente de campeonatos juvenis, já implementaram a medida e estudam mais maneiras de evitar o problema.

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