Individual só no nome: como colegas de equipe ajudaram na final de Rebeca

O nome é "individual geral", mas a disputa dos quatro aparelhos da ginástica artística feminina também é um esporte coletivo. Que o digam as brasileiras Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, que tiveram papel importante na final que deu a Rebeca Andrade a medalha de prata.

Medalhistas de bronze na terça-feira na competição por equipes, as duas voltaram à Arena Bercy dois dias depois. E não foi apenas para torcer por Rebeca e Flávia Saraiva, que estavam na luta por medalhas na prova de quatro aparelhos.

Lorrane e Jade entraram na área de competição junto dos treinadores Francisco Porath e Iryna Ilyashenko. A ideia era ajudar as duas colegas em momentos decisivos das provas de ambas —as ginastas dizem que ter as amigas ao lado ajuda a aumentar a confiança e aliviar a tensão em momentos de nervosismo.

Jade, a mais experiente do grupo, ficou encarregada de ajudar Flavia. Antes da primeira série da amiga, as paralelas assimétricas, foi a veterana que passou água e pó de magnésio no aparelho. Ela também carregava a mochila e a toalha da companheira nas transições.

O apoio de Lorrane para Rebeca era contido, mas onipresente. Melhor amiga da medalhista de prata, ela estava ao lado em todos os aparelhos, sempre pronta para dar um abraço ou uma palavra de apoio. Outras equipes não tinham postura semelhante: apenas treinadores ficavam na área destinada às atletas.

Na última apresentação de Rebeca, no solo, a união da equipe brasileira ficou ainda mais evidente. Quando ela terminou o último salto e garantiu a prata, Flávia Saraiva do outro lado do ginásio, celebrava como se a medalha fosse dela.

Poucas coisas são tão coletivas quanto a final do individual geral.

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