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O curioso destino de Sarah: uma data une as medalhas como atleta e técnica

Sarah Menezes, hoje como técnica, ao lado da judoca Larissa Pimenta Imagem: Reprodução

Do UOL, em Paris

02/08/2024 05h30

O destino é subjetivo e a história de Sarah Menezes pode fazer até um cético balançar, porque não deixa de ser curiosa. No último dia 28 de julho, um domingo, a brasileira piauense conquistou uma medalha de bronze histórica. Era a sua primeira como técnica, ajudando Larissa Pimenta a conquistar o terceiro lugar nas Olimpíadas de Paris.

O inusitado é que, na mesma data, 28 de julho, mas há 12 anos, Sarah havia se tornado a primeira judoca a ser campeã olímpica pelo Brasil.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Sarah bateu na decisão dos 48kg a romena Alina Dumitru que, havia eliminado a japonesa Tomoko Fokumi, favorita na época. A piauiense tinha apenas 22 anos e era treinada por Rosicleia Campos.

Em 2020, Sarah anunciou a aposentadoria de sua carreira como atleta porque queria se dedicar a outro sonho: ser mãe. Apesar disso, o judô não saiu de vida, porque, no fim do ano seguinte, foi convidada para ser treinadora da seleção brasileira. Aceitou e, um ano e meio depois, voltou ao pódio olímpico, agora no corner de Larissa Pimenta.

Outro detalhe inusitado: a hoje treinadora também comemora o aniversário da irmã Sâmia no dia 28 de julho. "O nosso esporte é muito divertido porque é um esporte individual, mas, ao mesmo tempo, é coletivo. Eu e Larissa já fomos adversárias nas duas categorias, em -48kg e -52kg. Hoje eu estou na seleção como treinadora. É muito legal ver que a Larissa se motivou acompanhando as minhas vitórias, meu ouro olímpico", disse Sarah ao UOL.

Sarah Menezes (e) com sua medalha de ouro ao lado da judoca Larissa Pimenta (d) Imagem: Reprodução

Medalhista de bronze, Larissa Pimenta guarda com o maior carinho uma foto que registrou ao lado de Sarah Menezes e a medalha de ouro ainda quando criança.

Acredito que a comunicação é um fator fundamental. Através da comunicação, a gente ganha confiança, laços e acaba construindo o caminho. E aconteceu tudo isso com nós duas. Eu fico muito feliz, porque para mim é um dia histórico, 28 de julho é um marco na minha vida dentro do esporte, 12 anos do meu ouro olímpico e conquistando essa primeira medalha como treinadora."

Sarah, que celebrou o bronze de Larissa da mesma maneira que festejou o ouro, agora aguarda as próximas emoções que o destino reserva para seus dias 28 de julho. Pode ser ano que vem ou quem sabe em Los Angeles, durante as Olimpíadas de 2028.

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