O curioso destino de Sarah: uma data une as medalhas como atleta e técnica

O destino é subjetivo e a história de Sarah Menezes pode fazer até um cético balançar, porque não deixa de ser curiosa. No último dia 28 de julho, um domingo, a brasileira piauense conquistou uma medalha de bronze histórica. Era a sua primeira como técnica, ajudando Larissa Pimenta a conquistar o terceiro lugar nas Olimpíadas de Paris.

O inusitado é que, na mesma data, 28 de julho, mas há 12 anos, Sarah havia se tornado a primeira judoca a ser campeã olímpica pelo Brasil.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Sarah bateu na decisão dos 48kg a romena Alina Dumitru que, havia eliminado a japonesa Tomoko Fokumi, favorita na época. A piauiense tinha apenas 22 anos e era treinada por Rosicleia Campos.

Em 2020, Sarah anunciou a aposentadoria de sua carreira como atleta porque queria se dedicar a outro sonho: ser mãe. Apesar disso, o judô não saiu de vida, porque, no fim do ano seguinte, foi convidada para ser treinadora da seleção brasileira. Aceitou e, um ano e meio depois, voltou ao pódio olímpico, agora no corner de Larissa Pimenta.

Outro detalhe inusitado: a hoje treinadora também comemora o aniversário da irmã Sâmia no dia 28 de julho. "O nosso esporte é muito divertido porque é um esporte individual, mas, ao mesmo tempo, é coletivo. Eu e Larissa já fomos adversárias nas duas categorias, em -48kg e -52kg. Hoje eu estou na seleção como treinadora. É muito legal ver que a Larissa se motivou acompanhando as minhas vitórias, meu ouro olímpico", disse Sarah ao UOL.

Sarah Menezes (e) com sua medalha de ouro ao lado da judoca Larissa Pimenta (d)
Sarah Menezes (e) com sua medalha de ouro ao lado da judoca Larissa Pimenta (d) Imagem: Reprodução

Medalhista de bronze, Larissa Pimenta guarda com o maior carinho uma foto que registrou ao lado de Sarah Menezes e a medalha de ouro ainda quando criança.

Acredito que a comunicação é um fator fundamental. Através da comunicação, a gente ganha confiança, laços e acaba construindo o caminho. E aconteceu tudo isso com nós duas. Eu fico muito feliz, porque para mim é um dia histórico, 28 de julho é um marco na minha vida dentro do esporte, 12 anos do meu ouro olímpico e conquistando essa primeira medalha como treinadora."

Sarah, que celebrou o bronze de Larissa da mesma maneira que festejou o ouro, agora aguarda as próximas emoções que o destino reserva para seus dias 28 de julho. Pode ser ano que vem ou quem sabe em Los Angeles, durante as Olimpíadas de 2028.

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