Pódio duas vezes, Rafael Silva vê legado ao se despedir dos Jogos Olímpicos

Rafael Silva, o Baby, se despede das Olimpíadas após perder na primeira luta. No entanto, o judoca pesado já tem planos de fazer seu sucessor na categoria acima de 100 kg. Sua aposentadoria definitiva está próxima, mas, nos Jogos de Paris, sua última luta será na disputa por equipes, que acontece neste sábado (03).

Rafael Silva perdeu para Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, ao sofrer dois waza-aris, o segundo por imobilização.

"Em Olimpíadas, com certeza, é minha última participação. Não sei se levo mais um pouquinho participando de algumas competições nacionais, mas com certeza estou muito próximo da aposentadoria", disse Baby Silva.

O judoca tem duas medalhas de bronze olímpicas (Londres-2012 e Rio-2016) e quatro pódios no Mundial (uma prata e três bronzes).

"Acho que foi um legado importante. Acho que consegui inspirar atletas a entrarem no judô, a gostar de esporte olímpico. Espero ver outros pesados aí quebrando meus recordes, superando as medalhas olímpicas."

Sua intenção é continuar no esporte, seja na parte administrativa ou na parte técnica, para desenvolver o judô, principalmente a sua categoria. Baby entende que é necessária a participação de ex-atletas nesse processo.

"Já tive discussões homéricas com o Guilheiro sobre isso (Leandro, que trabalha no Pinheiro e é medalhista olímpico)", falou Rafael Silva.

Com 37 anos, Baby sabia que seria difícil obter sua terceira medalha, mas ficou otimista após conseguir um pódio no Mundial de Doha, em 2023.

"Com 36 anos consegui a medalha mundial, cheguei com 37 nas Olimpíadas... De certa forma sabia que as chances, conforme a idade vai passando, vão de certa forma diminuindo", completou.

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