Esgrimista ucraniana leva primeiro ouro do país e desabafa sobre guerra
Há mais de dois anos, a Ucrânia sofre os efeitos de uma guerra contra Rússia. E os efeitos no esporte e nas Olimpíadas são frequentes. A esgrimista Olga Kharlan, que conquistou a medalha de ouro por equipes para seu país, desabafou sobre o cenário em que vive.
O que aconteceu
Olga é um dos maiores expoentes da Ucrânia e já havia levado o bronze na disputa individual do sabre.
"Trouxe uma medalha para o meu país, é a primeira, e será um bom começo para todos os nossos atletas que estão aqui porque é muito difícil competir quando há uma guerra no seu país e estamos sendo atacados todos os dias" Olga Kharlan, esgrimista ucraniana
Antes mesmo da guerra, a esgrimista já acumulava quatro medalhas olímpicas (um ouro, uma prata e dois bronzes, divididas entre Pequim-2008, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016).
No ano passado, ela chegou a ser suspensa pela federação internacional por se recusar a cumprimentar uma atleta russa. Mas a punição não a impediu de estar em Paris.
Cumprimentos do presidente
Assim, até mesmo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a citou em um post.
"Torcemos pelos nossos atletas e os apoiamos como nação. A Ucrânia sabe como inspirar tanto nos Jogos Olímpicos como em momentos como este" Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.
No discurso do bronze, Olga também foi dura no tema.
"Dedico esta medalha a Ucrânia, às forças armadas ucranianas e aos atletas ucranianos que no puderam competir nos Jogos Olímpicos porque foram assassinados pela Rússia"
A Ucrânia ocupa a 29ª colocação do quadro geral de medalhas, após este sábado (3). Além do ouro por equipes no sabre feminino e do bronze de Olga Kharlan no individual, os europeus também conquistaram uma prata no tiro com Serhiy Kulish.
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